O excesso de velocidade continua a ser a infracção mais penalizada na estrada, de acordo com o relatório de sinistralidade e fiscalização rodoviária da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Mais de 764 mil veículos foram apanhados pelos radares, no ano passado, a velocidades acima dos valores legais, segundo o documento divulgado na segunda-feira.
É um aumento de 14,5% em relação a 2019, sendo também a infracção que mais subiu no último ano.
As multas renderam cerca de 45,8 milhões de euros aos cofres do Estado, de um total de 83 milhões de euros relativos a 1,2 milhões de infracções várias.
Cerca de 4,5 milhões de euros foram conseguidos com multas de condução sob o efeito de álcool.
Carros sem seguro corresponderam a 8,2 milhões de euros de multas, enquanto viaturas sem inspecção obrigatória registaram 9 milhões.
Multas por falar ao telemóvel enquanto conduz produziram 2,7 milhões de euros e 2,1 milhões por condução sem cinto de segurança.
Os radares da ANSR foram os que mais "caçaram" condutores em excesso de velocidade, em redor dos 461 mil, correspondendo a uma subida de 31%.
A GNR e a PSP apanharam 211 mil condutores, a que corresponde um aumento de 4%, enquanto a Polícia Municipal de Lisboa autuou 91 mil, menos 7,5% em relação a 2019.
A fiscalização ao excesso de velocidade vai ser ainda mais apertada já que, aos 50 radares actuais da ANSR, dos quais 20 medem a velocidade média entre dois pontos, irão somar-se mais 30 de forma rotativa.
O relatório da ANSR revela ainda que 1.284 condutores viram o título de condução cassado (354 em 2020) desde a entrada em vigor, em 2016, da carta por pontos.
Além disso, 1.715 condutores têm zero pontos na carta de condução, e 1.608 já têm o processo instruído, estando em fase de instrução os restantes 107 processos.
O relatório mostra ainda que 242.241 condutores perderam pontos no título de condução.
Recorde-se que, após perder a totalidade dos pontos, o condutor só fica sem a carta de condução depois de instaurado um processo autónomo administrativo.
Para ficar definitivamente sem o título, terá de ser concretizada a notificação da cassação, desde que não seja tenha sido impugnada por via judicial.
O relatório da ANSR indica a fiscalização de 2.363.641 automobilistas no ano passado, e o controlo por radar de 110.465.283 viaturas.
O teste ao álcool, realizado a 1.126.495 condutores, levou à detenção de 19.997 indivíduos por consumo acima do legalmente permitido.
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