Família de Steve McQueen processou Ferrari e quer 1,7 milhões

Steve McQueen faleceu há quase 40 anos mas isso não impediu a sua família de avançar com um processo contra a Ferrari. O motivo? Uso não autorizado do nome do actor numa… pintura!

Estas 70 pinturas foram criadas para celebrar o 70.º aniversário da marca de Maranello, sendo que várias destas pinturas fizeram a sua primeira aparição pública no Salão Automóvel de Paris de 2016. Entre as várias decorações apresentadas encontramos edições para todos os gostos, desde um 488 GTB denominado "The Schumacher" até um F12 Berlinetta denominado "The Stirling", em homenagem a Sir Stirling Moss.

Mas o modelo que está a gerar toda esta polémica é um Ferrari California T com uma pintura castanha inspirada no Ferrari 250 GT Berlinetta Lusso (1963) – também castanho (ver galeria) – de Steve McQueen.

A Ferrari terá pensado que estava a prestar uma homenagem à estrela do filme "Bullit, mas os filhos do actor não acharam graça à ideia. Chadwick McQueen, filho do actor, apresentou uma queixa contra a Ferrari junto do Tribunal Superior de Los Angeles, nos Estados Unidos, avança a "Court House News". Chadwick alega que a fabricante de Maranello usou o nome e a figura do pai de forma indevida.

A mesma publicação refere que Chadwick se terá reunido com o presidente da Ferrari em 2011 para discutir um eventual modelo de edição limitada baptizado com o nome do actor. Estas negociações não chegaram a bom porto e terão acentuado ainda mais a reacção negativa da família, em 2017, quando viu que a Ferrari estava a promover e a vender uma versão especial com o nome do actor.

Nas alegações a família de McQueen refere que se queixou à marca italiana e que esta terá respondido com a mudança do nome desta decoração para "The Actor", ainda que durante a promoção do carro tenha continuado a "vender a ideia" de que Steve McQueen teve um Ferrari 250 GT Berlinetta Lusso.

A família de McQueen procura uma indemnização de cerca de 1,7 milhões de euros por violação de marca registada e danos punitivos. Resta agora saber a quem os tribunais darão razão…