O mercado do grande luxo e super-desportivos nunca foi tão florescente e em muitos casos a procura chega a superar a oferta. A Ferrari é um grande exemplo desta realidade. Há 20 anos seria difícil imaginar que a marca de Maranello pudesse ultrapassar a barreira das 4.000 unidades e em 2009 já produzia 7.000 modelos por ano.
No ano passado a Ferrari vendeu 9.251 veículos e tudo indica que este ano possa vir a ultrapassar a barreira das 10.000 unidades, um número que era procurado por Sergio Marchionne, o antigo patrão da casa de Maranello, mas um valor que não parecia fazer parte dos planos de Carey Camilleri, o novo responsável da Ferrari, que sempre afirmou estar mais preocupado com a rentabilidade de cada modelo e não com o volume de vendas.
Tudo indica que o sucessor de Sergio Marchionne terá de rever os seus objectivos para garantir o melhor compromisso entre as margens de lucro e o volume de produção anual. Assumiu a liderança da empresa com o mercado em alta e não pode ceder terreno à concorrência, onde marcas como a McLaren têm um peso cada vez mais significativo.
A Ferrari ainda tem uma importante margem de crescimento. Basta olhar para o mercado chinês, um dos mais ávidos por luxo e carácter desportivo, e onde a Ferrari apenas vendeu 700 modelos em 2018. Este ano não está previsto o lançamento de qualquer grande novidade, mas sabe-se que a Ferrari vai realizar a declinação de várias das suas propostas, o que é sempre apelativo para os "tiffosi".