Os "muscle cars" surgiram nos anos 60/70, e desde essa altura houve sempre uma guerra pela supremacia desta proposta por parte dos grandes construtores americanos: Ford, General Motors (GM) e Chrysler. A Ford assumiu a liderança com o Mustang e tem sabido defender a posição.
A nova geração do Ford Mustang foi buscar a inspiração ao passado, mas alterou profundamente a imagem frontal do modelo. E talvez seja isso, a aliado a uma inteligente política de marketing, que garantiu o sucesso do Mustang no séc. XXI.
Enquanto isto, a Chrysler foi mais conservadora com o Dodge Challenger, mantendo a imagem original apesar da evolução do chassis, que é actualmente uma evolução da plataforma Mercedes chegada à Chrysler nos anos em que os americanos estiveram associados aos alemães.
A GM seguiu um caminho totalmente diferente com o Chevrolet Camaro. A imagem do modelo alterou-se com os anos. Hoje pouco tem a ver com o estilo original, e talvez por isso perdeu alguma identidade.
Em 2018, o Dodge Challenger foi o único destes modelos a crescer no mercado, embora o Ford Mustang continue a ser o líder de vendas no universo dos "muscle cars". Foram vendidas 75.842 unidades, mas o Mustang caiu 7,4% face ao ano anterior. Já o Chevrolet Camaro vendeu 50.963 modelos, o que representou uma quebra de 25%.
A Chrysler entregou 66.716 modelos, o que equivale a uma subida de 3%, um número que deixa o Ford Mustang na mira da Dodge caso a marca mantenha o seu ritmo de crescimento. O Challenger tem 12 anos de carreira, mas continua a manter o seu apelo com o lançamento de série especiais de uma proposta que poderá vir a ser renovada em 2020.