A Renault deixou a Fórmula E e a Nissan assumiu o lugar da sua parceira de "Aliança" na equipa e.DAMS. "É um projecto a três anos", afirmou ao "Aquela Máquina" Michael Carcamo, o director desportivo da Nissan, sublinhando "o orgulho de sermos a primeira marca japonesa a alinhar nesta disciplina".
A entrada da marca nipónica na Fórmula E foi programada com tempo. "A Renault anunciou há cerca de dois anos que iria deixar a disciplina e foi a situação ideal para podermos preparar os nossos programas, quer do lado dos automóveis de produção com o desenvolvimento da segunda geração do Leaf, quer na competição".
O envolvimento da Nissan na Fórmula E passa por uma posição forte no seio da equipa que antes esteve associada à Renault. "A Nissan assumiu uma posição na e.DAMS e agora estamos associados para podermos estar mais próximos e criar uma estrutura mais homogénea e, ao mesmo tempo, permitir a aproximação entre os engenheiros da competição e os engenheiros ligados aos automóveis de produção".
No seio da "nova" e.DAMS há muitos elementos que vêm do ano passado, "mas também há muitas pessoas novas", admitiu Michael Carcamo. "Os engenheiros da Nissan que estão na competição são engenheiros que vêm da produção automóvel", e isso permite aproximar os dois universos com benefícios mútuos.
Há objectivos muito semelhantes na competição e na produção de automóveis eléctricos. "Os Fórmula E têm a potência limitada pelo regulamento e é necessário potenciar o consumo de energia de forma eficiente e as evoluções no campo do software, o que também é válido para os automóveis de produção".
Por isso, se em termos desportivos "o nosso objectivo imediato passa por sermos competitivos num campeonato muito equilibrado, onde estão presentes nove construtores", também é importante "transferir conhecimentos para os automóveis eléctricos produzidos pela Nissan", concluiu Michael Carcamo.