Desde que foi recuperada pela Renault, já lá vão treze anos, a Dacia tem sido um caso de sucesso, com mais de quatro milhões de carros vendidos. E a sua entrada no mundo dos SUV, com o Duster, em 2010, muito contribuiu para esse êxito.
Após modernizações várias, é esperada para o final deste ano a revelação de uma nova geração do popular Duster, em princípio maior que a actual, com as informações disponíveis a apontarem para um salto dos 4,3 para os 4,5 m de comprimento. Mas a grande novidade será a inclusão de uma inédita variante de sete lugares que poderá chamar-se Dacia Grand Duster e que deverá chegar aos 4,7 m de comprimentos, pelo aumento da distância entre eixos em 200 mm, de forma a arranjar espaço para os dois bancos adicionais.
Com esta variante, a marca romena do Grupo Renault pretenderia entrar no segmento de crescente popularidade dos SUV de sete lugares que tem vindo, progressivamente, a substituir os grandes monovolumes que antes faziam o "trabalho familiar".
Por outro lado, o crescimento da próxima geração do Duster permitirá melhorar a capacidade da bagageira da versão de cinco lugares que poderá atingir os 500 litros. Já a de sete lugares, com a última fila de bancos escondida no fundo da mala, poderá atingir os 650 litros!
Com esta versão Grand Duster, a Dacia pretende entrar em competição com modelos como o
Peugeot 5008, Kia Sorento ou Nissan X-Trail, mas com a habitual característica de oferecer o seu produto a um preço bastante mais baixo. Claro que o nível de refinamento também será menos elevado e, na próxima geração, o habitáculo continuará a estar um pouco atrás dos da concorrência, por uma questão de custos. O grande foco deverá ser a estética exterior que deverá modernizar-se de forma significativa.
A nível de motorizações, é natural que o 1.2 Turbo de 125 cv prossiga a sua carreira, mas é quase certo que, no campo dos Diesel, o 1.5 dCi venha a dar lugar ao mais moderno 1.6 dCi de 130 cv que a Renault já usa há alguns anos. A tracção integral estará disponível como opção, num projecto de total renovação em que os custos voltarão a ser o foco primeiro. Porque a relação entre o preço e o produto oferecido continuará a ser a grande "arma" da Dacia.