A GNR detectou 96 condutores a circular pelas vias do meio e da esquerda durante os três dias da operação Via livre destinada a fiscalizar a circulação rodoviária pela direita, indicou aquela força de segurança.
A Guarda Nacional Republicana realizou, entre 12 e 14 de abril, uma operação de fiscalização para sensibilizar os condutores para a circulação rodoviária pela via mais à direita.
Em comunicado, a GNR refere que, durante os três dias da operação Via livre, fiscalizou 11 mil veículos e detetou 653 contraordenações rodoviárias, 96 das quais relacionadas com a posição da marcha (não circulação na via mais à direita), 1.638 por excesso de velocidade, 203 por falta de inspeção periódica obrigatória, 145 por anomalias nos sistemas de sinalização e iluminação e 136 por uso do telemóvel durante a condução, bem como 108 por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e 101 por falta de seguro.
A GNR indica que foram ainda detectados 222 condutores com excesso de álcool, dos quais 97 foram detidos por condução com uma taxa de álcool superior a 1,2 gramas por litro no sangue, e 33 por falta de habilitação legal para conduzir.
A operação de fiscalização, que se realizou em todo o país através de militares dos comandos territoriais e da Unidade Nacional de Trânsito, visou "evitar a circulação de veículos pela via do meio ou da esquerda, sem que exista tráfego na via mais à direita das autoestradas e vias reservadas a automóveis e motociclos".
Esta conduta, precisa a GNR, provoca "constrangimentos à segurança rodoviária e à fluidez do tráfego, o que muitas vezes motiva a ocorrência de comportamentos desviantes e o cometimento de outras infrações por parte dos restantes condutores, potenciando as ultrapassagens pela direita ou a redução brusca da velocidade", fatores que aumentam as possibilidades de ocorrência de acidentes.
GNR indica ainda que tem dedicado o seu esforço na consciencialização dos utentes da via para a não adoção de comportamentos de risco, que constituam uma ameaça para a segurança dos condutores, passageiros e peões, procurando assim reduzir os índices de sinistralidade.