Grupo italiano quer ressuscitar a Innocenti

Os menos jovens, de quarentões para cima, recordar-se-ão bem desta marca, pelos seus pequeninos e bem divertidos carros, em especial na irrequieta versão Turbo! Pois agora há quem queira ressuscitar a Innocenti, marca italiana que chegou a conhecer algum sucesso, mas que fechou portas em 1997.

Quando acabou, a Innocenti estava sediada em Milão e pertencia ao Grupo Fiat. Entretanto, a marca mudou de proprietários, estando agora nas mãos da família Perotta que tratou de reunir os investidores necessários para a desejada recuperação da história marca, cujas raízes remontam a 1920.

Juntamente com os italianos Finambiente Group e Industrie Riunite, mais a sociedade holandesa Euro Mobile International, mudaram a base da nova Innocenti para Palermo, na Sicília, e será daí que pretendem relançar uma marca que deixou alguma história na indústria automóvel. No entanto, por agora, esta é a única notícia vinda a público, não se sabendo ainda quais os planos concretos para a revitalização da Innocenti.

Fundada em 1920, em Milão, por Ferdinando Innocenti como uma fábrica de máquinas, a Innocenti destacou-se logo após a II Guerra pela produção de inúmeros modelos da Lambretta, motos do tipo da Vespa, que colocaram em movimento a Itália do pós-Guerra. A partir de 1961 entrou na produção automóvel, construindo modelos ingleses das marcas Morris, Austin e Mini, sob licença da British Leyland, o que aconteceu até 1976.

Nesse ano, a marca foi comprada pelo empresário argentino Alejandro de Tomaso – o mesmo da marca desportiva De Tomaso, também já desaparecida – que criou a Nuova Innocenti, criando o famoso Mini 1000 desenhado pela Bertone e com um motor de três cilindros e 993 cc. Desenvolveria uma versão Turbo desse motor que daria fama ao modelo, com variantes que não só chegaram à competição como fizeram as delícias dos apreciadores do "tunning".

A Fiat acabaria por comprar a marca e chegaria até a comercializar, nalguns mercados, outros modelos seus sob a marca Innocenti – como os Fiat Uno e Elba no Brasil –, mas o seu futuro estava traçado e a marca acabaria em 1997. Resta saber se em definitivo ou se, agora, estes novos esforços conseguem trazê-la de volta!