As primeiras unidades do Honda Clarity Fuel Cell acabam de chegar a solo europeu. À venda no Japão desde Março deste ano, este Honda alimentado a hidrogénio chegou agora à Europa, com as primeiras seis unidades a serem entregues a clientes de Londres, no Reino Unido, e de Copenhaga, na Dinamarca.
Estas primeiras seis entregas fazem parte do programa de demonstração HyFIVE (Hydrogen for Innovative Vehicles). Trata-se de um programa que tem como principal objectivo captar mais atenção para os veículos movidos a hidrogénio bem como promover a sua utilização.
Ainda no âmbito deste programa deverão chegar mais 185 automóveis com tecnologia "fuel cell" provenientes de cinco construtores diferentes. Estes veículos serão "entregues" a clientes privados e a empresas do Reino Unido, Dinamarca, Suécia, Alemanha, Áustria e Itália.
"A Honda sempre foi um dos líderes no campo da tecnologia de célula de combustível de hidrogénio, com mais de 30 anos de pesquisa e desenvolvimento atrás de nós. A chegada destes veículos à Europa e a participação da Honda no HyFIVE é o próximo passo em direcção à visão da Honda de comercialização dessa tecnologia", afirmou Thomas Brachmann, engenheiro chefe do projecto e líder do programa "Clarity Fuel Cell" na Europa.
Este Honda Clarity Fuel Cell consegue "arrumar" a célula de combustível e todos os mecanismos debaixo do "capô" (ao contrário da maioria dos veículos com esta tecnologia), o que favorece claramente o espaço dentro do habitáculo.
Com 130 kW de potência (equivalente a 175 cv), este Honda Clarity Fuel Cell consegue percorrer cerca de 589 km (livres de emissões) com um único depósito de hidrogénio.
Resta saber se algum dia vamos ver este modelo nas ruas de Portugal. A avaliar pela promessa de Takahiro Hachigo, CEO da Honda, que garante que em 2030 dois terços dos modelos vendidos pela marca nipónica serão alimentados por hidrogénio, tudo indica que sim.
Não deixa de ser curioso este posicionamento do "patrão" da Honda e, por consequência, da fabricante japonesa. É que o hidrogénio está longe de ser uma "solução" consensual no mundo automóvel. Se por um lado existem marcas a testar e a desenvolver esta tecnologia,
como a BMW, também há quem já tenha vindo a público dizer que este não é o caminho,
como foi o caso da Jaguar.