Os automóveis autónomos serão uma realidade incontornável, será apenas uma questão de tempo. Mas se é verdade que ainda não alcançámos todas as possibilidades que esse novo mundo nos irá abrir, também não conseguimos vislumbrar tudo o que de mal poderá vir "agarrado"… Uma das más notícias dessa autonomia poderão ser os… "carros zombie" e foi para tratar dos seus malefícios que um senador do Massachussets (EUA) avançou já com um projecto de lei!
Mas, afinal, o que são os "carros zombie"?! Avancemos uns anos e situemo-nos numa cidade em que os automóveis autónomos sejam já em número muito significativo. Apesar da evolução tecnológica, a natureza humana não terá mudado assim tanto… Será, pois, natural que as capacidades autónomas dos automóveis sejam aproveitadas em proveito próprio!
Por exemplo, alguém que vá fazer umas compras e não queira procurar nem pagar um lugar de estacionamento poderá programar o seu carro autónomo para ficar a dar voltas ao quarteirão enquanto for preciso… Ou se não precisar do carro durante algumas horas e não quiser pagar o caro parqueamento no centro de uma cidade, pode enviá-lo para um parque nas redondezas, para carregar as baterias ou para ir buscar alguém da família.
Ou seja, há a possibilidade de haver vários carros sem qualquer ocupante a circular quando deveriam estar parados, aumentando drástica e desnecessariamente o tráfego nas grandes cidades. É a esses automóveis que se chama (ou chamará) "carros zombies"… Um efeito, para já, apenas teórico, mas que pode perfeitamente tornar-se realidade e que já foi alvo de atenção específica nos Estados Unidos.
O senador Jason Lewis, do estado do Massachussets, avançou com uma proposta de lei para taxar a utilização destes automóveis autónomos em 2,5 cêntimos por milha percorrida, o que faria com que não compensasse deixar o carro "às voltas" só para não pagar estacionamento… e seria, obviamente, mais uma fonte de receita estadual para compensar a perda dos impostos sobre os combustíveis, pois a mesma lei obriga a que os veículos autónomos sejam 100% eléctricos para não poluírem mais ainda, em viagens desnecessárias.
O projecto de lei propõe, inclusive, que a taxa varie de valor em função da ocupação do veículo, baixando quando maior foi o número de passageiros. E contempla outras variáveis mais complexas de contabilizar, como o congestionamento do tráfego ou a possibilidade de estacionar o veículo. Uma ideia que aparece claramente avançada no seu tempo, já que não se prevê para curto prazo a autonomização do automóvel, mas que demonstra bem as preocupações que as tecnologias futuras estão já a levantar.