Numa altura em que vários fabricantes de automóveis já trabalham no sentido de apresentar veículos movidos a hidrogénio no futuro – como a BMW por exemplo, que já
revelou que pretende lançar um "fuel cell" no início da próxima década –, a Jaguar afirma que esse não é o caminho.
De acordo com Wolfgang Ziebart, director técnico da Jaguar Land Rover, veículos a hidrogénio são
"completamente absurdos". Em declarações à revista britânica "Autocar", Siebart afirmou que a energia usada para produzir, comprimir, refrigerar e armazenar hidrogénio para veículos "fuel cell" é simplesmente ineficiente.
"Acabas com uma eficiência de cerca de 30 por cento no caso do hidrogénio, em oposição com uma eficiência de 70 por cento para carros com baterias eléctricas. A eficiência de colocar a energia eléctrica directamente dentro de uma bateria é duas vezes mais alta face à eficiência de produzir e usar hidrogénio. Se houvesse uma forte razão para ter uma infra-estrutura de hidrogénio, então eu acho que seria possível, mas com esta relação de eficiência acho que não faz qualquer sentido", declarou Ziebart, que partilha a mesma opinião de Elon Musk, CEO da Tesla, que recentemente também afirmou que carros movidos a hidrogénio é uma tecnologia
"incrivelmente estúpida".
Recorde-se que estas declarações de Wolfgang Ziebart surgem na sequência da
apresentação do Jaguar I-Pace no Salão Automóvel de Los Angeles, que irá contar com um motor eléctrico por eixo e terá uma autonomia de 500 km.
E a avaliar pelas declarações de Ian Callum, director de design da marca britânica, em Los Angeles, que adiantou que
"o I-Pace é a antecipação de um veículo que vai começar a ser produzido em 2018 e abre um novo capítulo na história da Jaguar", não é difícil afirmar que a "electrificação" é o caminho que a Jaguar vai querer seguir.