É para esquecer 2020 no que às vendas de viaturas novas diz respeito, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pela ACAP – Associação Automóvel de Portugal, e muito por causa da crise económica que o País enfrenta devido à pandemia da Covid-19.
O ano que agora findou registou uma queda global de 33,9% em relação a 2019, com apenas 176.992 veículos novos ligeiros e pesados vendidos. Só em Dezembro, essa quebra chegou aos 19,4%, correspondente a 18.290 viaturas.
De Janeiro a Dezembro, as matrículas de veículos ligeiros de passageiros novos totalizaram 145.417 unidades, traduzindo-se numa variação negativa de 35% relativamente ao mesmo período de 2019.
É uma das quebras mais pronunciadas na União Europeia, com o nosso país a ficar apenas à frente da Croácia.
Nas matriculações de veículos ligeiros comerciais nos últimos 12 meses, a queda também foi abrupta: uma descida de 28,3%, correspondente à venda de 27.578 unidades.
A soma de ambos os mercados dá uma queda de 34%, patente nas 172.995 viaturas novas matriculadas.
O mercado de veículos pesados também não ficou imune à crise, ao registar uma descida de 28,3%, correspondente à venda de 3.997 unidades.
A Renault mantém-se líder no mercado de ligeiros de passageiros e comerciais, com 22.704 veículos vendidos e 13,1% do mercado, seguida de muito perto pela Peugeot (21.494 e 12,4%) e, mais distante, a Mercedes (14.884 e 8,6%).
Há também uma inversão mais notória no tipo de combustível, com os motores a gasolina a representarem 44,2% das vendas, seguidos pelos propulsores a gasóleo, com 32,8%.
Positivo é o facto de as viaturas electrificadas, sejam elas 100% eléctricas, híbridas plug-in e híbridas tradicionais, já representarem, com 21,6%, mais de um quinto do mercado automóvel de ligeiros de passageiros.
Com 31.599 unidades vendidas, as motorizações híbridas convencionais e plug-in ficaram com a fatia de leão deste segmento (61,6%), correspondente a 19.469 veículos vendidos.
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