A Mercedes está alterar profundamente o seu catálogo. Se por um lado tem cada vez mais propostas na sua gama tradicional que não pára de crescer, também há muitas ofertas viradas para universos tão específicos como os grandes desportivos da Mercedes-AMG ou os hiper-requintados e luxuosos Mercedes-Maybach.
Paralelamente a tudo isto, a marca assumiu uma aposta na mobilidade eléctrica, que Estugarda baptizou com a referência EQ. Num futuro próximo vamos ver esta referencia em modelos electrificados, sejam híbridos ou os 100 por cento eléctricos que vão surgir no mercado em 2019.
A sigla EQ vai aparecer numa vasta linha de novidades no capítulo dos híbridos, quer em associação com motores a gasolina e eléctricos, como há vários no catálogo, quer com o novo motor 2.0 turbodiesel que associado a um motor eléctrico, cuja potência combinada deve rondar os 240 cv.
Mas, o início da grande ofensiva 100 por cento eléctrica está agendado para Junho de 2019, altura em que vai surgir o EQC. Para a Mercedes, as siglas das propostas eléctricas surgem associadas à volumetria da sua gama tradicional, apesar de terem uma plataforma específica.
2019 – MERCEDES EQC e o novo GLB. A marca alemã desenvolveu uma plataforma modular para as novas propostas eléctricas e será ela o esqueleto de todas as novas propostas. Não podia ser de outra forma. O novo EQC aponta para o universo do Classe C/GLC em termos de dimensões, mas pouco ou nada tem a ver com os modelos tradicionais.
Em termos de autonomia, falam-se em valores de 430 km, um número que vale o que vale, já que em condições reais de utilização vão ficar em metade do prometido. É sempre assim...
Mas ao mesmo tempo que é assumida a aposta eléctrica, a marca de Estugarda tem disponíveis outras opções. É o caso do novo GLB, que vai completar uma gama que actualmente passa pelo GLA, GLC e GLE. Poderá oferecer até sete lugares, mas não é uma alternativa ao actual Classe B, que irá continuar a ser comercializado na sua proposta monovolume de cinco lugares.
2020 – EQB E EQA. Com a mesma volumetria do futuro SUV GLB, que ainda ninguém viu, vai surgir uma proposta eléctrica, sempre com base na mesma plataforma específica. Também vai disponibilizar sete lugares com uma carroçaria com uma imagem SUV. O EQA, com uma imagem hatchback, deve surgir na mesma altura, mas ninguém confirma que poderá ter alguma coisa a ver com as imagens do concept que a Mercedes já mostrou.
2021 – EQE e EQS. A aposta inicial da sub-marca dos eléctricos da Mercedes passa por aquilo que o mercado procura, ou seja, as carroçarias estilo SUV/Crossover. Mas a marca de Estugarda não esqueceu as propostas mais requintadas e no seu plano, o EQE e EQS são agendados para 2012. Tudo indica que possam ser
berlinas de três volumes com estilo e imagem ao nível do segmento Premium e, nessa altura, a Mercedes pensa que poderá vir a reivindicar uma autonomia de 780 km. Mas estamos a falr num campo de especulação.
2022 – SUV’s DE TOPO. Acreditando que este cenário decorre sem grandes derrapagens e considerando que o mercado vai absorver todas as propostas eléctricas que estão anunciadas (e isso não é evidente), a Mercedes pensa poder estar em condições para colocar no mercado monovolumes de maior dimensão, com a volumetria dos actuais GLE e GLS.
Esta estratégia tem pernas para andar e seria segura se estivéssemos no universos dos automóveis convencionais, mas no campo dos eléctricos o que é uma boa ideia hoje, pode não ser a melhor opção para amanhã. Todos apalpam o terreno e ninguém está verdadeiramente seguro sobre o rumo a tomar...