A Mercedes vai arrancar no próximo ano com a sua grande ofensiva na mobilidade eléctrica, havendo já muita coisa conhecida. Que o fará com uma submarca de nome EQ, sob a qual serão lançados todos os modelos 100% eléctricos. E que começará por lançar um SUV, seguindo-se uma berlina pouco mais que o Classe A mas com muito mais espaço interior.
A grande novidade, contudo, foi o recente registo por parte do construtor alemão de designações muito específicas para os EQA e EQB, seguidos de numerações, tal e qual como costuma fazer nos seus modelos com motores a gasolina ou Diesel. Fê-lo no departamento de patentes canadiano, porventura para não dar muito nas vistas, talvez para lhe dar uma outra facilidade para "atacar" o mercado da América do Norte.
A verdade é que, ao juntar os números 200, 250, 260, 300, 320, 350 e 360 às siglas EQA e EQB, a Mercedes não só assumiu definitivamente que irá comercializar os seus modelos eléctricos com diversos graus de potência, como poderá estar a revelar-nos precisamente o que poderemos esperar daquelas motorizações. E não é pouco! Se aqueles números corresponderem às potências em quilowatts, a medida habitual nos motores eléctricos, teremos uma gama bem poderosa:
Versão Potência estimada
EQA 200 / EQB 200 200 kW / 268 cv
EQA 250 / EQB 250 250 kW / 335 cv
EQA 260 / EQB 260 260 kW / 350 cv
EQA 300 / EQB 300 300 kW / 402 cv
EQA 320 / EQB 320 320 kW / 430 cv
EQA 350 / EQB 350 350 kW / 470 cv
EQA 360 / EQB 360 360 kW / 482 cv
Estas diferenças de potência podem ser obtidas utilizando um ou dois motores eléctricos, o que abre a hipótese – e aqui é apenas uma interpretação… – de os EQA e EQB serem vendidos tanto com tracção dianteira como com tracção integral. Por fim, as últimas duas versões podem dar a entender que o "braço desportivo" AMG também se poderá interessar pelos produtos da submarca EQ. Afinal, um C63 AMG tem "só" 475 cv, menos 7 cv que um EQA 360!