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Museu da Mercedes

13:00 - 13-08-2016
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Visitar o museu da Mercedes em Estugarda é como que fazer uma viagem no tempo, que começa em 1886 com o primeiro automóvel e chega aos dias de hoje com os mais marcantes modelos de competição.

Estugarda, a capital do estado de Baden-Württemberg, tem profundas ligações com o automóvel recordadas no magnífico museu da Mercedes, onde a história começa em 1886 com o veículo patenteado por Karl Benz e reconhecido como o primeiro automóvel.

O edifício é uma obra de arte arquitectónica, cujo interior se desenvolve num percurso em espiral, ao longo do qual a riquíssima colecção de automóveis surge exposta de forma cronológica, mas também temática em galerias adjacentes, onde não faltam espaços para os veículos profissionais, para os carros que foram protagonistas no cinema ou transportaram figuram figuras públicas, segurança, novas tecnologias, etc.

Disseram-nos que ver em pormenor todos os veículos expostos obriga a um passeio de 10 km ao longo de nove andares.

Mesmo numa visita mais apressada, não se podem perder automóveis como o Mercedes Simplex de 1902, que muitos consideram o primeiro automóvel com a arquitectura que se afirmou até ao presente. Tem um aspecto jurássico mas já tinha o motor colocado à frente, tracção traseira e uma distância entre-eixos apreciável, que, graças a um centro de gravidade rebaixado, contribuía para melhorar o comportamento dinâmico.

O espaço com mais glamour talvez seja aquele que é dedicado ao período que vai dos anos 20 até ao início da II Guerra Mundial. Aí, o impressionante 500 K Luxury Convertible (foto ao lado) rouba protagonismo a todos os outros, mesmo ao SSK, que em 1927 já era capaz de ultrapassar os 190 km/h. Estes foram os anos de ouro da marca de Estugarda, que logrou sobreviver à II Guerra para renascer com nova pujança feita de modernidade tecnológica.

Foi assim que chegou aos anos 50, no final dos quais surge o 300 SL ("asas de gaivota"), talvez o mais icónico modelo da Mercedes, apesar de apenas ter sido produzido entre 1954 e 1957. Nessa altura já atingia os 250 km/h e marcou a sua época. Mas terá sido o 180, que os cinquentões recordam como os táxis portugueses, que ajudou a cimentar a imagem da Mercedes e garantir a sua rentabilidade. Era um familiar inovador na forma, na tecnologia e, já nessa altura, no campo da segurança passiva.

Foram estas apostas que permitiram à marca cimentar-se de forma categórica no segmento Premium, onde hoje se afirma com uma gama tão vasta como a de muitos dos chamados construtores generalistas.

O final da visita ao museu da Mercedes passa pelo repositório de 120 anos (comemorados em 2014) de actividade desportiva, e também neste campo é fácil ver que a história da marca de Estugarda se confunde com a história do automóvel.


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