A Nissan vai abandonar de forma progressiva os motores diesel de acordo com o calendário do lançamento de novos modelos, apostando fortemente na electrificação como alternativa. Isso será evidente com a nova geração Juke, que vai surgir em 2019 sem qualquer bloco diesel.
Os japoneses não são os primeiros a avançar nesta direcção. Basta recordar que a Toyota assumiu uma política semelhante ao adoptar uma estratégia onde privilegia as propostas híbridas, tanto mais que em 2017 os automóveis a gasóleo vendidos representaram apenas sete por cento das suas vendas na Europa, um número que é significativamente mais reduzido do que o atingido pela Nissan, onde estes motores tiveram um peso de 47 por cento.
Os números mostram que a opção da Nissan é muito mais ousada, mas a marca nipónica considera que não corre grandes riscos face à redução acentuada de vendas de automóveis diesel nos principais mercados europeus. Os indicadores a este nível são muito claros: em 2016 o mercado diesel valia cerca de 50 por cento das vendas, mas no ano passado apenas representou 45 por cento e no primeiro trimestre deste ano apenas teve um peso de 38 por cento.
A Nissan vê na electrificação a grande alternativa, e os seus objectivos passam por atingir um volume de vendas de um milhão de veículos eléctricos e híbridos em 2022. Para seguir esta estratégia está previsto o lançamento de uma vintena de modelos electrificados a nível global. Na Europa a ofensiva poderá começar com um crossover realizado com base no Leaf, mas também com propostas plug in no Qashqai e até da pick up X-trail, modelos que até agora têm maior peso nas vendas de motorizações diesel no seu catálogo.