O tempo passa mesmo a voar: para quem não se tenha lembrado, o Citroën Xantia celebrou 30 anos este mês.
Revelado a 4 de Março de 1993 no salão automóvel de Genebra, depressa se afirmou no segmento das berlinas, ainda longe da actual "loucura" pelos SUV.
O peso de substituir o Citroën BX era enorme mas as mais de 1,3 milhões de unidades produzidas na Europa revelam a popularidade que o modelo atingiu.
Fabricado no Irão até 2010, ganhou notoriedade pelo conforto e prazer de condução à conta da sua suspensão hidropneumática Hydractive II.
Dinâmico, fluido e robusto, o Xantia adoptou parte das linhas do XM, com o seu estilo único a dar-lhe o título de Automóvel Mais Belo do Ano em 1993.
A harmonia entre cores e materiais destacava-se no habitáculo, mais rígido e com barras de reforço nas portas, para maior segurança a bordo.
O Xantia passou por inúmeras mudanças: lançado originalmente com três motores nos acabamentos SX e VSX, evoluiu em 1994 com a chegada do Activa.
O sistema de suspensão Hydractive II, controlado por via electrónica, equipava esta versão quando antes só estava disponível nos topos de gama.
O sistema era complementado por dois cilindros para impedir que o rolamento da carroçaria excedesse o meio grau.
Esta tecnologia permitia à berlina manter-se plana a curvar, ao ponto de levar ao desenvolvimento de pneus específicos com a Michelin.
Dois anos após o seu lançamento, chega ao mercado a carrinha antes de o modelo passar em 1997 por uma forte renovação estética e mecânica.
Um ano mais tarde segue-se a estreia do bloco diesel 2.0 HDi do grupo PSA, com tecnologia common rail de alta pressão.
As qualidades e inovações do Xantia também foram reflectidas pelo mundo da publicidade.
Em 1995, o campeoníssimo Carl Lewis foi obrigado a "transformar-se num monge ao apostar pela impossibilidade de o carro manter-se plano a curvar.
Quatro anos mais tarde, um novo anúncio destacava uma pirâmide de Xantia, a demonstrar a sua excelente manobrabilidade.
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