A falta de espaço de armazenamento e o vencimento dos contratos de futuros de Maio atirou esta segunda-feira o ouro negro para menos de 1 euro por barril.
Tudo se deve ao impacto que a pandemia do Covid-19 está a ter na actividade económica mundial, levando a matéria-prima a atingir valores irracionais.
Se o barril do "brent" do Mar do Norte negociado em Londres, e que serve de referência às importações nacionais, está em redor dos 25 euros, em Nova Iorque o caso é muito mais grave.
O contrato de Maio do West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, afundou 95,07%, com o barril do petróleo a valer 0,90 dólares (pouco mais de 80 cêntimos de euro), o que constitui um mínimo histórico.
À Reuters, fontes do sector comentaram que o crude guardado no mar chegou na sexta-feira aos 160 milhões de barris, marca que constitui também um novo recorde.
Certo é que, devido à falta de espaço em terra para guardar a matéria-prima, um problema que está a afectar principalmente os produtores norte-americanos, diversas empresas estão a recorrer a super petroleiros para o armazenar.
De acordo com o CME Group, o WTI poderá ver o petróleo a ser negociado em valores negativos.
Já a Bloomberg sublinha que os produtores poderão começar, em breve, a ter de pagarem para os clientes ficarem com o petróleo que estão a extrair, ao ponto de, no Texas, estarem já a ser oferecidos dois dólares (1,84 euros) por barril.