Ainda que a Igreja Católica defenda a erradicação da pobreza, o Vaticano é conhecido pela sua excessiva riqueza. Mas o actual Papa Francisco tem vindo a mudar essa percepção, abdicando de muito dos luxos habitualmente associados ao líder da Igreja Católica.
E recentemente voltou a mostrar a sua modéstia, uma vez que recusou receber um Tesla Model S (começa nos 76.344 € e pode ir até aos 163 mil euros) e preferiu um Nissan LEAF (arranca nos 22.840 € e pode ir até aos 30.300 €).
O veículo eléctrico foi doado por um ano pela consultora alemã Wermuth Asset Management, numa iniciativa que faz parte de um projecto-piloto que pretende aumentar a visibilidade dos automóveis de zero emissões e a importância que têm para o ambiente e para a economia.
Esta consultora germânica tem vindo a trabalhar de perto com o Vaticano para desenvolver uma nova estratégia de investimento sustentável, sendo que um dos objectivos passa por ajudar o Vaticano a tornar-se num dos primeiros Estados do mundo a depender apenas de energias renováveis.
"O facto do Papa começar a usar um automóvel 100 por cento eléctrico é uma óptima notícia, pois estabelece um exemplo a ser seguido por outros chefes de Estado e qualquer pessoa no mundo. Hoje não é apenas moralmente correcto mas também mais barato abastecer um carro eléctrico, na comparação com um carro de motor a combustão", afirmou Jochen Wermuth, Director de Investimentos da Wermuth Asset Management.
Recorde-se que esta não é a primeira vez que um Papa recebe um automóvel eléctrico, uma vez que o antigo Papa, Bento XVI, já tinha recebido uma Renault Kangoo Z.E. com um interior personalizado.