A Volvo prepara-se para desafiar marcas como a Tesla ou a BMW i – submarca da BMW – tornando a Polestar, a sua divisão de alto rendimento, numa marca independente e focada em criar automóveis electrificados de elevadas performances.
Recorde-se que
já em 2016 a Polestar tinha anunciado que ia recorrer à "electrificação" para aumentar a potência de vários modelos da marca sueca, mas aquilo que não se sabia é que este antigo "estúdio de tuning" ia fazê-lo de forma sob uma identidade própria, sem nenhuma referência à própria Volvo.
"Com a Polestar conseguimos oferecer carros electrificados aos condutores mais exigentes e progressivos do mundo, em todos os segmentos do mercado", afirmou o CEO da Volvo, Hakan Samuelsson, em comunicado.
"A Polestar será um competidor credível no mercado emergente dos carros electrificados de alta performance", acrescentou.
Para acelerar o processo de desenvolvimento da Polestar como uma marca independente, Thomas Ingenlath (imagem ao lado), Vice-presidente Sénior de Design da Volvo, vai assumir a posição de CEO da Polestar.
"A ida do Thomas para a Polestar mostra a nosso empenho em solidificar uma marca verdadeiramente diferenciada e independente dentro do Grupo Volvo Car". Adiantou Samuelsson.
Por seu turno, Ingenlath mostrou-se entusiasmado com este novo desafio.
"Estou bastante satisfeito por assumir o desafio de estabelecer esta marca fantástica, desenvolvendo um fabuloso portfólio de produtos únicos canalizando a nossa paixão para a equipa da Polestar. O próximo capítulo na história da Polestar está só a começar".
Ingenlath, que foi peça-chave no crescimento das vendas da Volvo nos últimos anos (foi o designer chefe em modelos como o XC90, por exemplo), terá a companhia de Jonathan Goodman, que vai assumir as funções de Director de Operações da Polestar.
Recorde-se que a Volvo e a Polestar trabalham juntas no mundo da competição desde 1996, sendo que a Volvo Cars adquiriu 100 por cento das acções da Polestar Performance em Julho de 2015. Antes disso, a Polestar era uma marca independente e que desenvolvia em conjunto com a Volvo variantes de elevadas performances dos modelos da fabricante sueca, numa espécie de resposta às versões mais "hardcore" dos rivais germânicos, tais como a BMW M ou os Mercedes-AMG.