A Porsche continua a trabalhar para ter a sua primeira berlina – Porsche Mission E - totalmente eléctrica no mercado em finais de 2019. Mas há muito que se rendeu às motorizações electrificadas, basta olhar para as variantes híbridas do Panamera e do Cayenne.
E esta aposta nos híbridos não só irá manter-se como vai conhecer novos "episódios". Quem o diz é Oliver Blume, CEO da marca de Estugarda, que em entrevista à revista britânica "Autocar" admitiu que a marca tem tido
"muito bom feedback do Panamera [híbrido]
plug-in" e que a Porsche
"venceu Le Mans três vezes seguidas com híbridos plug-in para usar a tecnologia em veículos de série e ter grande credibilidade".
Ainda assim, o modelo mais icónico da marca, o 911, não entra na estratégia de hibridização da Porsche. Pelo menos para já.
"O futuro concept do 911 terá um híbrido plug-in, mas ainda não está decidido se o vamos oferecer: o 911 é fundamental e precisamos que seja um verdadeiro desportivo", atirou Blume.
A evolução do 911 será gradual, com o icónico desportivo a receber um sistema híbrido que combina um motor a combustão com um propulsor eléctrico antes de conhecer uma versão 100 por cento livre de emissões.
"Com o 911, durante os próximos 10 ou 15 anos ainda teremos motores a combustão", afirmou Blume.
"Temos motores a combustão, depois híbridos plug-in e 100 por cento eléctricos mais tarde", acrescentou.
A principal preocupação neste processo prende-se com o facto das baterias acrescentarem bastante peso ao 911, o que obriga a um trabalho ainda mais radical no campo da "poupança" de peso para que o comportamento daquele que é o modelo mais importante da Porsche não saia prejudicado.
Mas se Blume admitiu que esta mudança pode estar a 15 anos de distância, remeteu a decisão para os clientes, garantindo que a marca alemã estará pronta para lançar um 911 eléctrico quando for necessário.
"Quando os clientes quiserem que ele [Porsche 911]
seja eléctrico, nós estaremos preparados", atirou Oliver Blume.