Crescimento de 10% no volume de entregas de novos veículos, e aumento das receitas de vendas e dos resultados operacionais para níveis recorde.
O ano fiscal de 2019 foi de ouro para a Porsche, que avança para 2020 com um plano ainda mais ambicioso, apesar do impacto que a pandemia do novo coronavírus está a ter em todo o planeta.
Numa emissão transmitida em ‘streaming’ devido às condicionantes impostas pelo Covid-19, foram esta sexta-feira apresentados os resultados da Porsche AG.
Macan e Cayenne representam quase 70% das vendas
Em 2019 foram vendidos 280.800 automóveis, correspondente a um aumento de 10% em relação ao ano anterior, com os modelos Macan e Cayenne a representarem quase 70% das vendas.
O Porsche Taycan, por seu lado, tem uma presença residual no volume de vendas, com apenas 813 unidades vendidas.
O número não surpreende já que o primeiro modelo 100% eléctrico da Porsche apenas foi revelado no início de Setembro do ano passado.
As receitas tiveram igualmente um impulso notável, com um pulo de 11%, ao baterem nos 28,5 mil milhões de euros. Os resultados operacionais cresceram 3%, para 4,4 mil milhões de euros.
"Voltámos a superar as nossas metas estratégicas, com um retorno de 15,4% nas vendas, e um retorno de 21,2% no investimento", explicou Oliver Blume, presidente do conselho executivo da Porsche AG.
Estes números tiveram igual correspondência no aumento da força de trabalho da Porsche, ao revelarem um crescimento de 10% para os actuais 35.429 trabalhadores.
O futuro afirma-se, por isso, risonho para a marca do grupo Volkswagen já que, até 2024, irá investir qualquer coisa como 10 mil milhões de euros na hibridização, electrificação e digitalização de toda a sua gama automóvel.
Até meados desta década, a marca de Estugarda conta ter metade da sua oferta composta por modelos totalmente electrificados ou por híbridos ‘plug-in’, com o Porsche Macan a ser o segundo a ganhar uma versão 100% eléctrica.
O futuro, no entanto, apresenta vários obstáculos que não são apenas os criados pela pandemia do novo coronavírus.
Em causa estão as metas impostas pela União Europeia paras emissões poluentes e as multas que estão previstas para os construtores automóveis incumpridores.
Como avança Lutz Meschke, director financeiro da Porsche AG, "nos próximos meses, iremos enfrentar um ambiente desafiador em termos políticos e económicos".
Longe de atirar a toalha ao chão, a marca alemã irá manter os investimentos previstos para a electrificação da sua gama automóvel, assim como na digitalização, renovação e expansão das suas fábricas.
Confiante nos resultados financeiros muito positivos conseguidos no ano passado, a ambição do construtor a médio prazo é enorme, mantendo o objectivo estratégico de conseguir um retorno de 15% no volume de vendas.