A Jaguar só terá veículos 100% eléctricos a partir de 2025, enquanto a marca Land Rover terá o seu primeiro modelo com emissões zero daqui a três anos.
O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo presidente da Jaguar / Land Rover, na apresentação da nova estratégia Reimagine do grupo britânico.
"Como empresa centrada nas pessoas", destaca Thierry Bolloré, "vamos não só recriar o luxo moderno mas também redefini-lo para as duas marcas, com designs emocionalmente únicos (…), e com tecnologias conectadas e materiais responsáveis".
A alma da estratégia Reimagine, delineada pelo consórcio automóvel detido pela indiana Tata Motors, passa pela electrificação dos modelos de ambas as marcas, mas em arquitecturas independentes e com personalidades distintas.
A Land Rover irá utilizar a nova plataforma de arquitectura longitudinal modular (MLA), disponibilizando motores de combustão interna electrificados e versões totalmente eléctricas.
Será igualmente utilizada a arquitectura modular eléctrica, plataforma que também permite a utilização de motores térmicos electrificados avançados, à medida que for desenvolvendo e evoluindo a sua gama de produtos.
O plano prevê um orçamento anual de quase 2,9 mil milhões de euros para investir em tecnologias de electrificação e de informação, assim como no desenvolvimento de serviços conectados.
A Land Rover irá lançar seis versões integralmente eléctricas nos próximos cinco anos, distribuídas pelas famílias Defender, Discovery e Range Rover, com o primeiro SUV com aquela motorização a ver a luz do dia em 2024.
Já a Jaguar irá emergir como uma "nova" marca de luxo puramente eléctrica, apoiada em tecnologias pioneiras e designs emocionais para os seus modelos.
E, apesar de manter a designação, a substituição planeada do Jaguar XJ não irá integrar a gama, com a marca britânica a justificar que pretende atingir o seu potencial único.
Até ao final desta década, o construtor espera que 60% dos Land Rover vendidos sejam constituídos por SUVs com motores sem emissões poluentes, enquanto na Jaguar se espera 100%.
Apontando às zero emissões de carbono em 2039 na sua cadeia de fornecedores, produtos e operações, a construtora está igualmente a preparar-se para a adopção da tecnologia da célula de combustível de hidrogénio.
O desenvolvimento está já em curso, integrado num plano de investimento a longo prazo, com os primeiros protótipos a chegarem às estradas do Reino Unido nos próximos 12 meses.
"Dispomos de tudo o que necessitamos a nível interno; é uma oportunidade única!", sublinha Thierry Bolloré. "Há quem tenha de depender apenas de parceiros e compromissos externos, mas nós temos um fácil acesso que nos permite avançar com confiança e rapidez".
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