Comprar um Mercedes-AMG, seja ele qual for, é muito mais do que comprar um simples automóvel. É uma experiência sensorial a todos os níveis e grande parte do encanto destes modelos está no som que sai dos escapes, quer quando carregamos no botão de ignição, quer quando fazemos uma redução mais brusca.
Mas o futuro pode ser consideravelmente diferente, sobretudo para os modelos mais agressivos do braço de "elevadas performances" da Mercedes, que já pensa em reduzir o barulho dos seus automóveis.
A culpa é das normas anti-ruído da União Europeia, que nos próximos anos se vão apertar ainda mais de forma a reduzir a poluição sonora.
Em declarações ao site "Motoring", Bastian Bogenschultz, do planeamento de compactos da divisão desportiva da Mercedes, já fez saber que isto também terá repercussões noutros mercados.
"É resultado dos regulamentos europeus. Podemos [desenhar escapes diferentes para mercados diferentes], mas é demasiado caro fazê-lo para cada mercado. É muito difícil", disse Bogenschultz, que admite recorrer a amplificadores de som dentro do habitáculo para reproduzir o som do escape, algo que já está presente em alguns modelos.
"As normas estavam a tornar-se bastante difíceis para que o som resulte simplesmente do sistema de escape. Por isso, acrescentámos a sonoridade AMG de 'performance' pura, no qual pegamos no som real do escape, o pulsar do som real, e movemo-lo para dentro do carro. Funciona em conjunto com o sistema de escape", atirou.
Recorde-se que de acordo com as novas regras de poluição sonora na União Europeia, o barulho dos automóveis é avaliado de acordo com o seu registo mais alto, ou seja, no modo de condução mais agressivo, que no caso dos Mercedes-AMG é o modo "Race".
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