O crescimento do segmento dos ‘crossovers’ e dos SUVs no mercado automóvel mundial pode ditar o fim próximo do Renault Mégane.
De acordo com o britânico "Auto Express", que cita o director da divisão de ‘design’ da Renault, o construtor francês está actualmente a avaliar se o compacto verá uma nova geração ou se será substituído por um novo modelo 100% electrificado.
"Inevitavelmente, quando começarmos a contar com uma gama de modelos eléctricos, teremos de abdicar de outros modelos", explica Laurens van den Acker. "Não podemos suportar o desenvolvimento de todos estes veículos ao mesmo tempo".
Com o segmento de mercado, onde o Renault Mégane se insere, sob enorme pressão, "temos de investir onde está o futuro do mercado", acrescenta o executivo do construtor francês.
Se dúvidas houvessem, basta atentar no sucesso que está a ter o Renault Captur, que vai já na sua segunda geração.
A decisão, no entanto, não está para breve já que, seguindo as directrizes da indústria automóvel, o desenvolvimento de um carro demora cerca de três anos entre os primeiros esboços e a chegada ao ‘stand’.
Alvo de uma pequena reactualização em termos estéticos e tecnológicos – atente-se no lançamento da versão híbrida ‘plug-in’ em Março e na renovação do radical Mégane R.S. –, o Renault Mégane deverá manter-se na oferta da marca durante os próximos dois anos.
Contudo, os números não enganam: o compacto tem visto as suas vendas a decrescer de forma contínua desde 2010.
Contra as 465 mil unidades vendidas em 2004, seis anos mais tarde o volume baixou para pouco mais de 270 mil, para em 2019 chegar aos 130 mil exemplares vendidos.