As novas normas europeias de homologação de "consumos reais", associadas à redução de emissões Euro 6c e Euro 6d, integradas no sistema WLTP vão alterar a oferta de muitos construtores e se há que esteja a avançar com reduções mais ou menos drásticas nas potências dos motores também há marcas que avançam com a supressão de algumas propostas.
É o caso da Renault, que pode vir a descontinuar a produção de modelos como o Mégane GT e o Twingo GT, apesar de serem propostas com sucesso no mercado.
As normas WLTP são muito mais severas do que as que estão em vigor e se isso tem vantagem para o cliente, que tem acesso a valores de consumos e emissões mais realistas, também tem um efeito perverso no mercado. Os "novos" valores das emissões de CO2 serão mais elevadas e penalizantes para os motores mais potentes de menor cilindrada.
Isso é evidente no casso do motor três cilindros 1.0 TCe de 110 cv a gasolina, que equipa o Twingo GT, onde também há maior severidade ao nível das emissões de partículas, exigindo a adopção de filtros específicos. É possível adaptar este bloco às novas normas, mas custa dinheiro que terá que ser reflectido no preço final, encarecendo muito o modelo, e a Renault considera que este investimento não faz grande sentido em termos de rentabilidade.
A situação do Mégane GT é mais ou menos semelhante, mas seria possível abandonar o bloco 1.6 TCe de 205 cv (sem expressão no nosso país) em favor do 1.8 TCe com 280 cv utilizado no Mégane R.S. e disponível na Espace com 225 cv, mas uma opção deste tipo seria prejudicial para o sucesso comercial do Mégane R.S..
Deste modo, o novo motor 1.3 TCe de 160 cv que foi recentemente adoptado, poderá ser a alternativa para os clientes mais desportivo do Mégane…