A Repsol anunciou recentemente que tem uma das maiores redes de AutoGás e Adblue de Portugal, assumindo-se como líder ibérica no mercado de AutoGás. Em Portugal são já 86 os pontos de venda de GPL Auto da marca e não param de crescer.
Falámos em exclusivo com Rui Aires, Director das Estações de Serviço da Repsol, e fomos perceber a importância desta oferta no nosso país, bem como todas as vantagens do AutoGás num parque automóvel que começa, cada vez mais, a render-se à electrificação: os automóveis electrificados já representam quase 20% das vendas em Portugal.
"A diminuição das emissões poluentes é um imperativo categórico, não apenas do sector automóvel, mas também da própria sociedade. Estamos comprometidos com o futuro e com a preservação do ambiente e, por isso, temos alargado a nossa oferta de soluções", começou por dizer Rui Aires, lembrando que a cobertura da Repsol em Portugal se traduz em 86 postos com AutoGás e 68 postos com Adblue.
"A utilização do Adblue possibilita uma redução de até 90% das emissões nocivas de óxidos de azoto (NOx) que uma viatura a gasóleo liberta pelo sistema de escape", acrescentou. "No futuro, as emissões terão de continuar o seu trajecto descendente, pelo que as soluções serão ainda mais diversificadas, sobretudo via electrificação e aumento do conteúdo renovável no gasóleo", disse.
"A longevidade das motorizações a Diesel está dependente de vários fatores, principalmente económicos e tecnológicos. Nos últimos tempos, e fruto de um grande investimento em I&D, têm existido esforços para produzir gasolina e gasóleo neutros em carbono, mais concretamente combustíveis sintéticos que contêm carbono, como os de origem fóssil, mas em que esse carbono é capturado da atmosfera, onde regressa numa fase posterior, após queimado pelos motores convencionais. Desta forma, não existiria emissões de CO2, se considerarmos que a energia utilizada é elétrica, proveniente de energias renováveis", acrescentou.
Mas apesar de todos os esforços que têm de continuar a ser feitos, Rui Aires acredita que o Diesel continuará a ser opção: "Salvo grandes desenvolvimentos relativos às tecnologias de hidrogénio, no caso dos pesados, as soluções a Diesel continuarão a ser uma excelente opção, independentemente dos avanços científicos".
Além da vertente económica, a mais óbvia na hora de decidir converter um automóvel convencional numa solução movida a GPL, os veículos a AutoGás são bastante mais amigos do ambiente. De acordo com Rui Aires, este tipo de modelos "emite menos 14% de CO2 do que veículos movidos a gasolina; menos 96% de NOx do que os automóveis movidos a Diesel; e menos 99% de partículas".
Sabendo que existem variáveis como o consumo médio dos veículos, o valor da gasolina, o valor médio do AutoGás e o custo da conversão de um automóvel Diesel ou gasolina num modelo a GPL, há uma pergunta que se impõe: Quanto podemos poupar anualmente com um automóvel a AutoGás?
A resposta está longe de ser simples, mas Rui Aires aceitou este desafio e apresentou-nos uma simulação da possível poupança que um utilizador que faça, em média, 30 mil quilómetros por ano pode fazer se converter o seu automóvel para AutoGás.
"O uso do AutoGás garante uma poupança de até 40% em relação aos combustíveis tradicionais, uma vez que o seu preço é, aproximadamente, metade do da gasolina. Fazendo uma simulação com um veículo ligeiro, com um consumo médio de 5,5 por litro de gasolina por 100 quilómetros, utilizando como referência os valores actuais da gasolina e do AutoGás, e considerando um custo de €1.500 na conversão, a poupança poderá atingir os € 1.080 por ano ou € 90 por mês", refere.
Questionado sobre esta preocupação que muitos condutores ainda têm, Rui Aires desmistificou a questão: "A ideia pré-concebida de que um veículo movido a AutoGás tem uma performance menor do que um movido a combustíveis tradicionais é errónea. Caso a conversão seja realizada corretamente, a viatura não perde aproveitamento da potência base do motor", disse.
Para o Director das Estações de Serviço da Repsol, a conjugação de todos estes préstimos "torna a aposta de investimento e alargamento impenitente" e lembra que a empresa está "comprometida com o futuro e quer disponibilizar aos seus clientes o maior número de soluções energéticas".
O mercado automóvel está numa fase de mudança e isso levanta, obrigatoriamente, várias questões. Mas para Rui Aires, uma coisa está assegurada: "A Repsol continuará a aumentar a sua rede, indo ao encontro dos consumidores e das metas ambientais".