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Revolução em Lisboa: "Baixa" proíbe trânsito automóvel

01:38 - 01-02-2020
 
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O trânsito no centro de Lisboa não será mais o mesmo, mesmo se o compararmos com as sucessivas intervenções realizadas nas duas últimas décadas.

A circulação automóvel vai ser proibida na faixa central da Avenida da Liberdade, entre os Restauradores e a Rua das Pretas, dando lugar a um passeio público, anunciou esta sexta-feira o presidente da Câmara de Lisboa.

A medida foi avançada por Fernando Medina, de acordo com a nota da agência Lusa, em sessão camarária de apresentação da nova Zona de Emissões Reduzidas (ZER) Avenidas/Baixa-Chiado.

Não foi revelada uma data precisa para o início das intervenções, ficando no ar que acontecerá no início deste Verão. Basta "passear" pela nossa galeria de imagens para o leitor perceber o que está em causa.

Tráfego só para residentes e veículos autorizados

O acesso automóvel na zona da Baixa-Chiado passará a ser exclusivo para residentes portadores de dístico, desde que o veículo cumpra a norma Euro 3 (posterior a 2000), e para veículos autorizados, entre as 06h30 e as 00h00.

As cargas e descargas nas zonas abrangidas apenas serão permitidas entre as 00h00 e as 06h30. Haverá controlos electrónicos de acesso, excluindo-se barreiras físicas, e sanções para os incumpridores.

É objectivo da autarquia, com estas medidas, reduzir em 40 mil veículos/dia a circulação automóvel no centro da cidade. A autarquia lisboeta confirmou que a sua execução obrigará à requalificação de várias ruas e avenidas nos eixos centrais da capital.

Segundo Fernando Medina, o modelo original de circulação ascendente e descendente nas laterais da Avenida da Liberdade será reposto em todo o seu comprimento, deixando de haver interrupções com sentidos obrigatórios à direita e à esquerda, como agora acontece.

"A Avenida da Liberdade vai deixar de ser uma via de atravessamento até ao rio", adiantou o presidente do município, acrescentando que haverá uma redução de uma via ascendente no corredor central entre os Restauradores e a Rua Barata Salgueiro.

As alterações na Avenida da Liberdade incluem a introdução de ciclovias a ligar o eixo central da avenida à zona ribeirinha e um aumento dos lugares de estacionamento destinados a cargas e descargas, e tomada e largada de passageiro nas laterais.

Serão ainda eliminados mais de 350 lugares de estacionamento rotativo à superfície – cerca de 60% do que actualmente existe –, enquanto os passeios e pavimentos nas vias laterais serão recuperados e alargados.

Zonas adjacentes não ficam imunes

A Avenida Almirante Reis também será alvo de requalificação, com a supressão de uma via de trânsito em cada um dos sentidos.

Será também introduzida uma ciclovia bidirecional no acesso à Baixa, entre a Praça do Chile e o Martim Moniz, que ligará o Areeiro à zona ribeirinha através da Rua dos Fanqueiros e da Rua do Ouro.

Segundo a autarquia, a requalificação geral da avenida será desenvolvida através de um programa específico a desenvolver com diversos agentes, entre os quais se contam os lojistas dos comércio local.

Também as praças do Martim Moniz e da Figueira serão requalificadas, mas somente após um "amplo processo de participação pública".

A Rua Nova do Almada, a Rua Garrett, a Rua da Prata e o Largo do Chiado passarão a ser interditas a automóveis.

As duas primeiras serão totalmente pedonais, enquanto as duas últimas serão restringidas aos transportes públicos, sem qualquer circulação de veículos automóveis ligeiros. Na Rua dos Fanqueiro e na Rua do Ouro irão ser criadas ciclovias.

O Largo do Calhariz e a Rua da Misericórdia serão alvo de intervenções para o alargamento dos passeios.

Na zona envolvente ao Príncipe Real e a São Bento, a câmara da capital prevê o "impedimento do atravessamento da colina, com a criação de zonas reservadas a peões e transportes colectivos na Rua da Misericórdia e no Largo Camões".

Na Rua de São Bento, o sentido ascendente Parlamento–Largo do Rato estará aberto ao trânsito, enquanto a via descendente será exclusiva para os transportes públicos.

A Rua da Madalena e a Rua do Alecrim, até ao Largo da Trindade, e a Ribeira das Naus não irão ter qualquer restrição à circulação automóvel.

Ao longo deste mês de Fevereiro, o projecto será apresentado de forma mais detalhada às juntas de freguesia, moradores e comerciantes da cidade.

Será também ao longo deste mês que agora se inicia que se iniciará o debate público sobre todo o processo, esperando que todas as burocracias fiquem despachadas até ao final de Março.

Em Maio abrem as inscrições para a obtenção do dístico aos moradores das áreas afectadas.

Será em Junho ou Julho que a Zona de Emissões Reduzidas entrará em vigor, embora ainda com carácter informativo e de sensibilização.

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nuno vaz   07:22 - 10-02-2020
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Corram com o Moñié e seus apaniguados ! Eles só pensam em fazer mal aos PORTUGUESES !
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Jaime Neves   07:55 - 06-02-2020
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Sou alfacinha, gosto da minha cidade.
Vamos a ver até onde tudo isto vai. Nunca andei de bicicleta, com tantas restrições pagar passe pouco o utilizando ou bilhete fica caro, tendo um 4 rodas não "utilizo" a baixa, a periferia dá-me tudo. O Castelo? A Sê, prefiro a beira rio e os pastéis de Belém.
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