A Stellantis vai investir mais de 30 mil milhões de euros até 2025, para acelerar a transição para a electrificação e o desenvolvimento de novo software.
As 14 marcas automóveis que integram o grupo formado pela Fiat-Chrysler Automobiles e o grupo PSA irão lançar carros 100% eléctricos.
Os modelos serão montados em quatro plataformas moduláveis, com três tipos de motorizações suportados por baterias padronizadas.
E é ainda objectivo do conglomerado automóvel que, até 2026, o custo total de um "eléctrico" seja equivalente ao de um veículo térmico, para torná-lo mais acessível ao consumidor.
O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo português Carlos Tavares, presidente do grupo, no evento Stellantis EV Day, que definiu a estratégia de electrificação até ao final desta década.
Em 2030, o grupo automóvel pretende elevar de 14 para 70%, na Europa, o conjunto das vendas de veículos eléctricos e híbridos plug-in. Para os Estados Unidos, os objectivos são mais modestos, passando dos actuais 4% para 40%.
Confirmado está já que a Opel passará a ser eléctrica em 2028, e a Fiat deixará de comercializar modelos com motores a combustão até ao final da década, com a Alfa Romeo a passar a ser designada como Alfa e-Romeo!
Para a Lancia estão previstos três novos modelos eléctricos, com a Maserati e a Jeep a lançarem uma versão eléctrica de cada um dos modelos das suas gamas.
A Dodge e a RAM irão lançar, respectivamente, um muscle car e uma pick-up eléctricos. E a Abarth poderá transformar-se numa marca "eléctrica" focada no desempenho, como já acontece com os seus modelos térmicos.
Carlos Tavares descreveu os futuros produtos como "veículos icónicos", focados no "desempenho, capacidade, estilo, conforto e autonomia", para se encaixarem no quotidiano dos seus potenciais clientes.
Os módulos electrificados incluirão motor, transmissão e inversor, com tracção dianteira, traseira ou integral, dependendo das especificações de cada modelo.
Cada plataforma está concebida para suportar a produção até 2 milhões de unidades anuais.
As baterias padronizadas serão concebidas para autonomias de 500 a 800 quilómetros com uma única carga, e carregamentos rápidos até 32 quilómetros por minuto.
A Stellantis está a desenvolver, nesse sentido, uma bateria de alta densidade e uma alternativa sem níquel-cobalto, que estará pronta em 2024.
As baterias de estado sólido da próxima geração deverão começar a ser produzidas em 2026.
Serão cinco as giga-fábricas para produzir os veículos eléctricos das diferentes marcas do conglomerado na Europa e na América do Norte, a que se juntarão fornecedores e parcerias adicionais.
A capacidade de produção combinada atingirá os 130 GWh em 2025, aumentando para mais de 260 GWh até ao final da década.
O plano estratégico inclui uma redução de 40% nos custos de produção de baterias de 2020 a 2024, e mais 20% em 2030.
Outra meta a atingir será a electrificação de veículos comerciais, que se estenderá a todos os produtos e regiões nos próximos três anos.
O hidrogénio não foi ignorado, com a Stellantis a prever lançar, até ao final deste ano, carrinhas comerciais de médio porte com tecnologia de célula de combustível, que se juntarão aos actuais modelos já electrificados.
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