É uma das notícias que está a abalar o mundo automóvel, embora não haja ainda confirmação oficial por parte do grupo Volkswagen.
A Bugatti poderá ter sido vendida à Rimac Automobili, num negócio realizado na passada semana segundo a revista Car Magazine, aparentemente porque a marca de híper carros já não se enquadra na estratégia do construtor germânico.
Tim Bravo enfatiza, no entanto, que a marca de híper carros tem sido rentável nos últimos dois anos, e pode mesmo superar em 2020 as vendas realizadas em 2019, apesar de todas as condicionantes que a pandemia da Covid-19 provocou na indústria automóvel.
Recorde-se que a Volkswagen tem apontado as baterias para o desenvolvimento de soluções de mobilidade, electrificação e condução autónoma, à semelhança do que os principais fabricantes automóveis mundiais estão a concretizar.
A venda terá disso feita através da Porsche, em troca de uma participação mais forte da insígnia fundada por Ferdinand Porsche no construtor croata.
Significa isto que a Porsche, caso o negócio se confirme, poderá ver a sua posição reforçada, dos actuais 15,5% para 49%, na estrutura accionista da Rimac Automobili.
Uma certeza é que a operação nunca aconteceria caso Ferdinand Piech, cuja família detém 50% da Volkswagen, ainda estivesse à frente dos destinos do grupo.
Afinal, a Bugatti era um dos seus "brinquedos" favoritos, numa "colecção" a que foram sendo somadas marcas de prestígio como a Bentley e a Lamborghini durante o seu reinado.
Infelizmente, Piech desentendeu-se com a Volkswagen em 2015, tendo sido afastado da sua direcção, e veio a morrer quatro anos depois.
Mesmo assim, o negócio pode ser um passo acertado por parte do grupo automóvel alemão ao envolver a Porsche na operação.
Sendo o futuro do automóvel a mobilidade eléctrica, reforçar a posição numa empresa tão reputada nesse campo pode ser a decisão mais acertada para ambas as partes.
Desde a sua fundação, em 2009, a Rimac tem feito diversas parcerias estratégicas com importantes companhias.
Além da Porsche, há mais 15 empresas automóveis presentes como investidores, entre os quais se contam a Hyundai, Jaguar, Koenigsegg e Magna, a beneficiarem da tecnologia por ela desenvolvida.
E se a Rimac é considerada como a versão europeia da Tesla, muito caminho há para percorrer até chegar ao sucesso que a empresa de Elon Musk já granjeou no mundo da mobilidade eléctrica.
Contra os mais de 600 mil veículos Tesla que já circulam um pouco por todo o mundo, a Rimac apenas construiu duas mãos cheias de híper carros eléctricos.
O primeiro foi o Concept One, dos quais só se construíram oito unidades, estando ainda para entrar em produção o coupé Rimac C-Two.
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