A chegada de Cristiano Ronaldo à Juventus parece estar cada vez mais iminente, com o clube de Turim a preparar-se para desembolsar qualquer coisa como 220 milhões de euros, 100 para pagar a transferência ao Real Madrid e 120 para pagar os salários do português durante quatro temporadas. Mas se a compra de CR7 deixa os adeptos da "Vecchia Signora" a sonhar com novas conquistas, nomeadamente da Liga dos Campeões, está a gerar muita polémica junto dos operários da Fiat Chrysler Automobiles (FCA).
Por esta altura haverá quem esteja a perguntar qual a relação entre as partes, mas o motivo é na verdade bem simples. É que o Grupo FCA pertence à família Agnelli, que também é dona da Juventus. Recorde-se que John Elkann, presidente do grupo Fiat Chrysler Automobiles, é primo de Andrea Agnelli, presidente da Juventus, e é presidente e CEO da Exor, empresa que detém 30.78% do Grupo FCA, 22.91% da Ferrari e 63.77% da "Juve".
Escusado será dizer que esta relação permitirá que a Juventus receba apoio financeiro da FCA para suportar os salários do português e as exigências do Real Madrid, situação que está a gerar muita indignação junto dos funcionários desta fabricante.
"Depois de Higuaín (contratado ao Nápoles em 2016, por 94,7 milhões de euros), também Cristiano Ronaldo? É uma vergonha. Os trabalhadores da FIAT não foram aumentados nos últimos 10 anos…", afirmou Gerardo Giannone, trabalhador da unidade de produção de Pomigliano D’Arco que está há 18 anos na FIAT, em declarações à agência DIRE.
"Com o seu salário [tudo aponta que sejam 30 milhões de euros anuais} podiam dar um aumento de 200 euros a todos os funcionários. Nestes 10 anos perdemos 10.7% de inflação, nunca recuperados, e a FCA gasta 126 milhões de euros anuais em patrocínios, 26.5 dos quais para a Juventus", acrescentou.
Resta agora esperar pelo anúncio oficial do português, algo que segundo a imprensa italiana pode acontecer já este sábado. Mas uma coisa é certa, CR7 ainda nem chegou a Turim e já está a agitar a cidade!