A Lamborghini irá lançar uma versão híbrida "Plug-in" do SUV Urus lá para 2020, realizada com base no motor Porsche, mas pensar num hiper-desportivo com um motor 100% eléctrico é uma coisa totalmente diferente...
Durante o Salão Automóvel de Turim, Maurizio Reggiani afirmou ao "Automotive News" que "o nosso objectivo passa por criar super-carros e neste momento não há nenhum pacote de baterias com energia e potência [capaz de garanti-lo]", acrescentou o responsável técnico da marca de Sant´Agata Bolognese.
Para a Lamborghini, um pacote de baterias tem de ser capaz de garantir toda a potência e a autonomia necessária para permitir chegar aos 300 km/h e cumprir três voltas "a fundo" aos 20,832 km do circuito de Nürburgring/Nordscheife.
Para tentar chegar a este objectivo, a marca italiana (gerida pela Audi) tem trabalhado em parceria com o "Massachusetts Institute of Technology". É um programa de três anos com vista ao desenvolvimento de baterias de alto rendimento capazes de garantir as performances exigíveis a um hiper-desportivo.
Os resultados finais só devem estar disponíveis em 2019 e nessa altura a marca estará habilitada a tomar grandes decisões. Paralelamente, há o projecto "Terzo Milllenio" realizado em parceria com o "MIT", que lhe chamou "o carro eléctrico do futuro".
Mas para a Lamborghini é muito mais do que tecnologia, e
Maurizio Reggiani deixa um alerta: o "canto" do V12,
" é um aspecto fundamental". A vibração sonora cria uma experiência excitante e essa ideia foi levada tão a sério que a marca de Sant’ Agata Bolognese está a realizar um estudo com vista a perceber o tipo de reacção das pessoas ao ruído de um motor.
"Um super-carro é uma emoção", afirmou o responsável técnico da Lamborghini ao "Automotive News". "E ela deve ser perceptível com base na aceleração", acrescentou.