Matthias Müller, presidente do Grupo Volkswagen, foi notícia no final do mês de Março por culpa do aumento de ordenado de 40% que recebeu em 2017, somando a "pechincha" de 10 milhões de euros anuais no ano passado!
"Estamos permanentemente com um pé na prisão… Atendendo a essas responsabilidades, os nossos salários justificam-se plenamente", afirmou, numa entrevista à revista alemã "Der Spiegel", antes de recordar que o seu salário anual até podia ter sido de 14 milhões de euros, não fosse o tecto salarial estipulado pela Volkswagen depois do Dieselgate ter vindo a público.
Mas se muitos acharam que este salário milionário do patrão do Grupo VW não se justificava, convém recordar que este está longe de ser o maior salário dos CEO’s das marcas automóveis. Müller é "batido" por três nomes, entre eles Dieter Zetsche, CEO da Daimler, que no ano passado "levou para casa" 13 milhões de euros.
Atrás de Barra aparece Jim Hackett, CEO da Ford, que no ano passado recebeu cerca de 14 milhões de euros, entre salário e bónus. No terceiro posto aparece Dieter Zetsche, CEO da Daimler (empresa mãe da Mercedes), que em 2017 recebeu 13 milhões de euros. Matthias Müller, CEO do Grupo VW, com um encaixe de 10 milhões de euros em 2017, surge no quarto posto, à frente de Sergio Marchionne, CEO da Fiat Chysler Automobiles e director executivo da Ferrari, que em 2017 "levou para casa" qualquer coisa como 9,7 milhões de euros, entre eles 6,1 milhões de euros em bónus e incentivos.
Na oitava posição está o português Carlos Tavares, CEO do Grupo PSA (Peugeot, Citroën, DS, Opel e Vauxhall), que deverá ver aprovado pelos accionistas um salário a rondar os 6,7 milhões de euros, entre eles um bónus de um milhão de euros pela compra da Opel (e da Vauxhall) por parte do Grupo PSA, num negócio que rondou os 1,3 mil milhões de euros.
Bastante mais abaixo aparece Akio Toyoda, patrão da Toyota, que em 2017 "levou para casa" 2,45 milhões de euros, provando a tese de que os directores das fabricantes japonesas auferem salários anuais bastante inferiores aos homólogos europeus e norte-americanos.