Um Lamborghini Veneno Roadster, um Koenigsegg One:1, um McLaren P1 e um Bugatti Veyron encabeçam a lista de 11 híper e super desportivos que a britânica Bonhams vai leiloar em Genebra, Suíça, a 29 de Setembro.
Os modelos a leilão fazem parte do lote que as autoridades fiscais suíças confiscaram por corrupção, em Novembro de 2016, a Teodoro Nguema Obiang Mangué.
Recorde-se que 'Teodorín' é filho de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, ditador da Guiné Equatorial, nação africana que integra a CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
A leiloeira britânica espera que estes 11 super desportivos atinjam os 12 milhões de euros, que depois será "devolvido" pelo governo federal suíço a organizações não governamentais da Guiné Equatorial.
Teodoro Nguema Obiang Mangué é acusado, há vários anos, de estar ligado a casos de corrupção perpetrados pelo governo liderado pelo seu pai, desde que tomou o poder em 1979 através de um golpe de Estado.
Antes de ter sido designado vice-presidente do país, 'Teodorín' foi conselheiro especial para assuntos florestais entre 1995 e 1997, e ministro da agricultura de 1997 a 2012.
Não é, por isso, uma surpresa que esteja sob o olhar da justiça internacional, já que existem fortes suspeitas de que a sua fortuna pessoal foi conseguida pelo desvio e branqueamento de fundos da sociedade estatal que explora os recursos florestais do país.
Não agindo as autoridades da Guiné Equatorial, foi a França que avançou com um arresto de bens, no início desta década, e a sua posterior venda em leilão.
Todavia, dois Bugatti Veyron, um Porsche Carrera GT, um Ferrari Enzo e um Maserati MC12, entre vários outros modelos, apenas "renderam" 2,8 milhões de euros.
Antes, nos Estados Unidos, as autoridades federais também já lhe tinham confiscado 28 automóveis, para além de uma mansão em Malibu e de uma colecção de objectos que foram de Michael Jackson.
Mais recentemente, em Setembro de 2018, as autoridades federais brasileiras arrestaram, a Teodorín e à sua comitiva, mais de 1,3 milhões de euros em dinheiro e 13,25 milhões de euros em relógios de luxo, mal aterraram no aeroporto de Viracopos, que serve São Paulo.