A possibilidade de guiar uma réplica do deslumbrante Ferrari 250 GTO foi travada esta semana por um tribunal de Bolonha, revelou Il Sore 24 Ore, diário económico italiano.
Os juízes consideraram que o desportivo da insígnia de Maranello, criado em 1962 pelo 'designer' Sergio Scaglietti, é uma obra de arte!
É a primeira vez que um tribunal italiano decide, para fins de protecção legal, equiparar o projecto de um carro a um artefacto com valor estético e artístico.
"A personalização de linhas e elementos estéticos tornaram o Ferrari 250 GTO único no seu género, um verdadeiro ícone automóvel", pode ler-se na decisão judicial.
"O arrojo artístico do modelo teve reconhecimento geral e objectivo em inúmero prémios e certificações oficiais", reforçado pela sua reprodução em moedas e em forma de esculturas, e a sua exibição em museus.
Significa isso que, sobre o Ferrari 250 GTO, se aplica a legislação do país sobre a protecção de direitos autorais e não apenas sobre a marca automóvel.
Em causa estava o desejo da Ares Design em reproduzir as linhas do desportivo de Scaglietti numa edição exclusiva de 12 unidades. O preço? Um milhão de euros para cada automóvel, já que o original tem um valor inalcançável.
A título de exemplo, refira-se que, em Agosto do ano passado, a leiloeira Sotheby’s levou à praça um Ferrari 250 GTO em Monterey, Califórnia. O martelo apenas baixou quando o bólide atingiu a módica quantia de 42,8 milhões de euros.
A empresa de Modena não é propriamente uma desconhecida na reformulação de carros icónicos. Há cerca de três semanas, levou ao Concorso d’Eleganza Villa d’Este o Ares Panther ProgettoUno, desenvolvido com base no Lamborghini Huracán.
Pode confirmar a beleza do Ferrari 250 GTO pelas fotografias e pelo vídeo promocionais com que a leiloeira britânica promoveu o leilão.