Mick Schumacher está a ter um ano de 2019 pleno em emoções fortes. Depois de ter ganho o Mundial de Fórmula 3, e de ter garantido um lugar no Campeonato do Mundo de Fórmula 2 (onde compete esta época), o filho de Michael Schumacher, de 20 anos, assinou um contrato para integrar a escola de pilotos da Ferarri e já pilotou - nos testes que tiveram lugar depois do GP Bahrein - um dos monolugares da escuderia onde o pai conquistou 5 dos seus 7 títulos Mundiais. Segundo o antigo empresário de Schumi, era isto que Michael mais queria.
"Cheguei a acompanhar o Michael quando ele levava Mick à pista de karts, onde deu os seus primeiros passos no desporto motorizado. Fiquei com a impressão que o Michael estava ansioso por levá-lo para a Fórmula 1 e que queria ajudá-lo a gerir a sua carreira. Este teria sido o resultado final da história, isto tê-lo-ia deslumbrado. O Michael sabia tudo, com que equipas falar, como as coisas funcionam neste meio, porque ele passou por tudo isto. Era a sua ambição...", contou o agente do antigo piloto, Willi Weber.
Só que Michael Schumacher sofreu um grave acidente enquanto esquiava nos Alpes franceses, precisamente com o filho, em 2013. Foi vítima de um grave traumatismo craniano e não pode acompanhar a carreira de Mick, como desejava.
Willi Weber considera que Mick carrega sobre os ombros o pesado nome do pai, o piloto com mais êxito na história da Fórmula 1. "Com este pai o Mick tem uma pesada carga sobre os ombros. Como se chama Schumacher, tem de obter os mesmos resultados do pai, o que é um fardo demasiado pesado para um miúdo. Se o Michael estivesse ao seu lado, isto teria um simbolismo diferente. Mas agora, aos olhos das pessoas o Mick representa o pai e esse é o problema. Porque todos olham para ele e dizem 'resultados'."