Nos primeiros cinco meses do ano o mercado automóvel europeu regista um decréscimo de 41,5%, com menos 2,36 milhões de unidades vendidas. Em Portugal, a quebra até maio cifra-se em 47,9%, a sétima maior entre os Estados-membros, que se traduz em menos cerca de 50 mil veículos.
A ACEA antecipa que as quebras nas vendas deverão atenuar-se nos próximos meses, à medida que as medidas de desconfinamento vão sendo adotadas nos diversos países.
Mas, sublinha, em termos de volume, as vendas estimadas correspondem ao menor número de automóveis desde 2013, quando o setor vinha de seis anos consecutivos de redução das vendas, na sequência da crise de 2008-2009.
"A ACEA mantém a esperança que este cenário dramático possa ser mitigado através de medidas robustas e rápidas na UE e dos governos", defende o diretor-geral da ACEA, Eric-Mark Huitema, citado no comunicado.
"Face ao colapso sem precedentes nas vendas até à data, incentivos à compra e apoios ao abate de veículos são urgentemente necessários na UE para criar a necessária procura por automóveis novos. Em defesa da nossa indústria e da economia da UE, apelamos ao necessário apoio político e económico - quer da UE quer ao nível dos países - para limitar os danos na produção e no emprego nos próximos meses", acrescenta o responsável.
Recentemente, o secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), Helder Pedro, manifestou a convicção de que as vendas em Portugal não caiam mais do que 30%.
Autor: "Negócios"