SM Tribute revisita coupé icónico nos dez anos da DS Automobiles

É a prenda que o DS Design Studio Paris criou para a DS Automobiles celebrar o seu décimo aniversário como marca própria no evento Chantilly Arts & Elegance.

Interpretação retrofuturista do lendário Citroën SM lançado em 1970, o SM Tribute dá uma série de pistas sobre a evolução estilística dos modelos que a insígnia francesa irá lançar até ao final desta década.

Um exercício que a marca já tinha realizado na Primavera de 2020, com a partilha nas suas redes sociais duma série de esboços denominados #SM2020, resultantes dum concurso de criatividade interno.

O que não se conhece é o sistema motriz, obviamente eléctrico, que o alimenta, embora tenha sido avançado que foi construído sobre uma base técnica já existente no grupo Stellantis.

Apontado ao futuro

Com 4,94 metros de comprimento por apenas 1,34 de altura, as proporções deste exemplar único tentam manter-se a par do coupé que homenageia, logo "desfeitas" ao alargar-se até aos 1,98 metros.

Mesmo assim, consegue manter as principais referências do modelo original, como as rodas traseiras carenadas e os faróis triplos.

E, em busca da melhor eficiência energética, a distância ao solo baixa para 12 centímetros, mesmo se a sua estrutura assenta em enormes jantes de 22 polegadas, embelezadas com inserções aerodinâmicas.

Há outros "truques" que se encontram neste show car, como o capô mergulhante, os faróis triplos e os painéis laterais atrás cortados em dois, sem esquecer a área traseira a "flutuar" em forma de S.

À falta duma verdadeira grelha frontal no Citroën SM, a solução para este SM Tribute foi transformar a ampla secção envidraçada num ecrã tridimensional que se ilumina até meio.

A enquadrá-lo está uma assinatura luminosa composta por três módulos de cada lado, reforçada por oito luzes de circulação diurna verticais com ponta de diamante.

Essas luzes DRL muito finas formam uma tríade que destaca quer os contornos do capô, quer as laterais da falsa grelha "flutuante".

O visual bicolor foi trabalhado em torno da reinterpretação do tom Gold Leaf, presente na brochura de 1971, mas agora com um verniz acetinado combinado com um preto especialmente colorido.

Interior retrofuturista

A vida a bordo quase parece transposta da saga Regresso ao Futuro mas agora com as formas do tabliê, da instrumentação e dos bancos específicos devidamente modernizados.

A visualização das informações é feita por projecção no ecrã curvo da consola central, ligado ao volante steer-by-wire.

Os estilistas escolheram cuidadosamente materiais como a pele e a Alcantara, sem esquecer as madeiras nobres, todas elas enriquecidas por uma elegante estética cromática que reflecte a herança dos anos 70.

"Queremos cultivar o nosso legado através dos ícones que são o DS e o SM", assume Thierry Metroz, director de design da construtora gaulesa.

"Mas como não é nosso hábito dissociarmo-nos dos nossos outros trabalhos, incluímos muitos detalhes relativos aos modelos da DS Automobiles, assim como aos nossos projectos futuros".

O DS SM Tribute poderá ser apreciado ao vivo a partir desta quinta-feira nos jardins do Château de Chantilly.

A seu lado estará um Citroën SM original para brincar ao jogo das diferenças, para a 15 de Setembro ser um dos participantes do concurso Chantilly Arts & Elegance.

Já segue o Aquela Máquina no Instagram?

Em destaque