Com o UrbanSphere Concept, está completa a gama de protótipos 100% eléctricos da Audi lançados sob o lema Sphere.
O primeiro monovolume da marca dos quatro anéis, revelado esta terça-feira numa apresentação virtual, terá como palco as grandes urbes.
A prioridade é dada à experiência do condutor e dos passageiros a bordo, principalmente nas megacidades chinesas, onde terá o seu mercado principal.
O UrbanSphere Concept está projectado para um uso urbano nas grandes cidades da China, onde terá o seu principal mercado.
Aliás, o desenvolvimento do projecto foi realizado na sede da Audi, em Ingolstad, e os seus estúdios de design em Pequim.
Mas, sendo o espaço urbano o seu terreno de eleição, nem por isso o protótipo tem umas dimensões moderadas.
Os 5,51 metros de comprimento, por 2,01 de largura e 1,78 metros de altura, com 3,4 metros de distância entre eixos, tornam-no o maior modelo da Audi.
É um monovolume concebido para que os seus ocupantes disponham de um espaço amplo e confortável, onde seja possível trabalhar ou relaxar.
As suas proporções quase quadradas são atenuadas por um pára-brisas fortemente inclinado e uma linha de tejadilho muito aerodinâmica.
Em ambas as extremidades surgem grandes áreas digitais nas laterais, projectadas para "comunicarem" por cores com o meio envolvente.
A típica grelha singleframe, agora totalmente coberta e digital, foi alvo de uma reinterpretação, estendendo-se para as laterais da carroçaria.
A Audi descreve o UrbanSphere Concept como um lounge ou mesmo como um escritório móvel.
A entrada no "salão sobre rodas" faz-se através de quatro portas (duas delas "suicidas"), com uma abertura de quase 90° e sem um pilar a separá-las.
Embora o espaço a bordo seja amplo, está concebido apenas com quatro bancos individuais dispostos em duas filas.
Os assentos, com diferentes modos de relaxamento e entretenimento, podem ser inclinados e rodados, dispondo ainda de apoios para as pernas.
Em termos tecnológicos, o UrbanSphere dispõe de condução autónoma de nível 4, que o grupo Volkswagen está a desenvolver com a Cariad.
Essa valência permite "esconder" o volante sob o tabliê, reforçando a ideia de se estar a bordo de uma sala de convívio.
Os passageiros têm acesso a diversos serviços digitais e recursos de infoentretenimento nos painéis das portas e em ecrãs nas costas dos bancos.
Nem sequer faltam óculos de realidade virtual ou mesmo uma tela OLED transparente e retráctil para os passageiros dos bancos traseiros.
Através dela, é possível assistir a um filme ou fazer uma videoconferência durante a viagem.
E, para uma experiência ainda mais envolvente, os encostos de cabeça têm altifalantes independentes para criarem zonas de som privadas.
O veículo também suporta tecnologia de detecção de stress, através da análise facial e vocal, e oferece sugestões para o indivíduo relaxar.
Embora seja um projecto conceptual, o Urbansphere baseia-se na plataforma PPE onde serão montados os "eléctricos" Audi Q6 e A6 e-tron, e Porsche Macan.
A unidade motriz é composta por dois motores eléctricos, com 295 kW (401 cv) e 690 Nm, a darem tracção integral.
Para maior conforto, há um sistema de suspensão pneumática adaptável, com direcção nas quatro rodas para uma condução mais ágil.
O sistema quattro de tracção integral, no entanto, está concebido para desactivar um dos propulsores para melhorar o consumo e a autonomia.
A "alimentação" dos motores é assegurada por uma bateria com mais de 120 kWh de capacidade, para uma autonomia em redor dos 750 quilómetros.
A tecnologia de 800 volt permite carregamentos rápidos até 270 kW, o que significa menos de 25 minutos para um carregamento de cinco a 80%.
A passagem à produção do Audi UrbanSphere Concept está mais do que assegurada mas apenas para os mercados asiáticos, com ênfase no chinês.
Os responsáveis da marca dos quatro anéis asseguram que, pelo menos por agora, os mercados europeu ou americano não são parte da aposta deste monovolume.
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