
















A apresentação oficial já estava anunciada há meses: esta semana a BMW estreou o Vision Driving Experience (VDX) no salão automóvel de Xangai.
Esta evolução robusta do Vision Neue Klasse Concept é uma espécie de laboratório para desenvolver a arquitectura SDV (veículo definido por software) da próxima geração de modelos da insígnia germânica.
O primeiro modelo sob esta concepção deverá ser o novo BMW iX3, anunciado para o final deste ano, seguido em 2026 pela berlina BMW i3.
Bem foi sublinhado de que não se trata do futuro M3 eléctrico mas o visual robusto do protótipo, com os guarda-lamas alargados e as laterais inferiores em negro a realçarem a silhueta, para tal apontam.
Se a dúvida ainda persistir, atente-se no desenho e no porte das jantes de 21 polegadas, associadas a uma suspensão rebaixada.
E aqui começa o jogo das diferenças em relação aos desportivos a combustão: sem nenhum apêndice aerodinâmico à vista, é sob a carroçaria que se escondem cinco ventoinhas para colá-lo ao solo.
Objetivo? Criar uma força descendente até 1.200 quilos, o suficiente para permitir acelerações com forças laterais de 3 G, com o enorme difusor a dar uma ideia do fluxo de ar conduzido sob a carroçaria.
O BMW VDX "distribui" quatro motores eléctricos por outras tantas rodas, a assegurar uns combinados 1.300 cv, que a construtora não confirma mas assumindo plenamente os seus 18.000 Nm.
Esse poder foi plenamente testado na apresentação em Xangai, quando o protótipo foi "obrigado" a escalar uma rampa com 55% de inclinação.
Condução, transmissão, travagem e recuperação de energia, entre outras funções, são controladas por um computador ironicamente baptizado como Heart of Joy, que permite uma resposta quase instantânea.
Os suaves tons em creme desde a frente até à primeira metade, para depois assumir o vermelho claro desde o meio até à traseira tentam disfarçar aquele que poderá muito bem ser o futuro BMW iM3.
A película luminescente permite à cor variar segundo o ângulo de iluminação, com as rodas a mudarem o tom luminoso quando o carro acelera, trava com recuperação de energia, ou apenas em travagem hidráulica.
A bordo percebe-se também um interno mais próximo dum modelo de produção, com o tabliê e o volante forrados com microfibra cinzenta, e com o tecido dos bancos em verde e os painéis das portas em bege.
O VDX incorpora ao centro um generoso ecrã multimédia, com o Panoramic iDrive a sobressair a toda a largura sob o pára-brisas.
Resta agora saber quando chegará ao mercado o futuro BMW M3 100% elétrico… que até pode acontecer já em 2027!
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