Poderia ser um dos projectos mais curiosos do salão automóvel de Genebra, mas o cancelamento do evento suíço adiou para novas calendas a sua apresentação num grande evento automóvel.
Trata-se de um Mercury Eight Coupé de 1949, um clássico ao melhor estilo de um rat rod do deserto movido a electricidade.
A movimentá-lo está, não o V8 flathead de 4.2 litros original, mas antes um motor eléctrico dual "alimentado" pela bateria de 85 kWh do Tesla Performance.
A ideia foi desenvolvida pela divisão Derelict da Icon, uma empresa californiana especializada a dar uma "vida" mais electrizante a "velhas" glórias automóveis.
Primeiro, os técnicos desmontaram por completo o vetusto Mercury e substituíram as "partes" mais perecíveis por novos componentes, reforçando, em paralelo, o isolamento acústico.
Por baixo da carroçaria está um chassis novinho em folha desenvolvido pela Art Morrison Enterprises com suspensão independente nos dois eixos e travões de disco.
Já o motor, construído em alumínio, mantém o mesmo visual do V8 ‘flathead’ que muitos consideram como um dos motores dos primeiros muscle cars.
Agora, para os mais distraídos, não é nele que estão instalados os propulsores eléctricos; esses estão no veio da transmissão!
Dentro do "falso" V8 estão os controladores da bateria e mais alguns módulos de controlo, incluindo o sistema para gerir o sobreaquecimento da bateria.
As tomadas de recarregamento eléctrico, preparadas para aceitar a ficha Tesla Supercharger, estão instaladas no bocal do depósito de combustível e por trás da chapa de matrícula da frente. E bastam 90 minutos para recarregar a bateria por completo!
Agora falemos do desempenho na estrada deste Mercury Eight Coupé: 405 cv de potência e 637 Nm de binário para uma velocidade máxima de 193 km/hora.
E a autonomia? Uns respeitáveis 241 a 322 quilómetros! Vale bem pelo impacto que deverá ter na estrada junto dos modelos eléctricos mais modernos.
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