A Mercedes surpreendeu tudo e todos em Pebble Beach, na Califórnia (EUA), ao apresentar o Mercedes-Benz EQ Silver Arrow, um protótipo futurista inspirado no passado da marca de Estugarda, sobretudo no modelo W125 produzido pela Mercedes em 1937 e com que Rudolf Caracciola chegou aos 432,7 km/h.
O objectivo da Mercedes foi revestir este Silver Arrow com um acabamento que se parecesse com "metal líquido" de forma a criar um contraste entre o frio e o quente e entre o racional e a paixão. As partes em fibra de carbono podem ser vistas como puramente funcionais e representam a parte "fria" desta criação. Já a abertura do habitáculo, as jantes exclusivas e a iluminação futurista representam a parte mais apaixonante e emocionante desta proposta.
Segundo a Mercedes, é esta combinação que faz deste EQ Silver Arrow um protótipo especial que ajudará a fixar a imagem da nova submarca da Mercedes, a EQ.
As linhas fluidas e o desenho retrofuturista não deixam ninguém indiferente, mas são as jantes radicais e a abertura do habitáculo que mais saltam à vista. O contraste entre o futurista e o tradicional resulta da vontade do departamento de design da Mercedes e é evidente quando comparamos a pele do banco com o alumínio do habitáculo ou a madeira de nogueira do interior com a pintura exterior prateada.
O interior fica ainda marcado pelo enorme ecrã panorâmico que "projecta" imagens tridimensionais que permitem aio condutor competir com "Flechas de Prata" históricos ou actuais num circuito virtual, sendo que o próprio sistema futurista indica ainda qual a faixa da estrada que está apta para carregar este Mercedes por indução, tal como acontece com os "smartphones" mais modernos.
O Mercedes-Benz EQ Silver Arrow conta com um motor eléctrico com uma potência equivalente a 750 cv que é alimentado por um "pack" de baterias de 80 kWh de capacidade. Segundo o ciclo WLTP estes números garantem uma autonomia real superior a 400 quilómetros, mas a Mercedes não revela aquilo que este protótipo é capaz de fazer no campo da aceleração.
Inspirado no Mercedes W125 de 1937. Este protótipo é inspirado no W125 que a Mercedes produziu em 1937. Foi com este modelo que Rudolf Caracciola conseguiu chegar aos 372 km/h e, mais tarde, aos 432,7 km/h, registando um novo recorde de velocidade em vias públicas que durou até Novembro de 2017, altura em que foi ultrapassado pelo Koenigsegg Agera RS.
O desenho do W125 resultou das recomendações de Ernst Heinkel e Willy Messerschmitt, dois especialistas aeronáuticos, e isso bem visível no desenho na forma de uma "gota de água".