É uma proposta inovadora para a mobilidade sustentável e um corte radical com o passado e o presente da própria Mini.
Eis o Vision Urbanaut, a nova visão conceptual de um veículo prático e cheio de versatilidade, revelado esta terça-feira pela marca britânica do grupo BMW.
O estilo marcante deste monovolume é o resultado de um projecto interno do construtor, reunindo as mais recentes tecnologias eléctricas e de condução autónoma.
A sua concepção foi idealizada a partir de dentro para fora, focada no desenvolvimento de soluções para o futuro da mobilidade nas grandes cidades na próxima década.
E, embora o protótipo só exista em imagens digitais, os responsáveis da marca estão a considerar seriamente o lançamento de uma versão de produção do modelo, mas nunca antes de 2027.
O presidente Bernd Körber avança que as características de design começarão a ser exemplificadas nos modelos da próxima geração da marca.
Com 4.460 mm de comprimento, o Mini Vision Urbanaut está longe de ser um monovolume minúsculo.
A carrinha compacta foi desenvolvida segundo o uso inteligente do espaço disponível, fazendo a "ponte" com a ideia subjacente à criação do Mini original.
Todavia, ignora a silhueta clássica de dois volumes que o actual modelo mantém, surgindo antes com uma estrutura elevada, saliências mínimas e uma longa distância entre eixos.
Uma porta única deslizante dá acesso ao "salão" de lazer, porque é isso mesmo que o habitáculo revela.
Lá dentro estão quatro lugares, com os assentos dianteiros a poderem girar para ficarem frente a frente com o banco traseiro.
Não é que a solução seja invulgar nos automóveis mais recentes, mas dispõe de recursos especiais que vão mais longe quando a viatura está parada.
Logo para começar, o tabliê pode ser rebaixado e, alinhado com o banco do condutor, transformar-se num confortável sofá-cama.
No meio do habitáculo está uma pequena mesa, com um ecrã digital por cima, para centrar o espaço de lazer.
A visão futurista prossegue na eliminação de botões de interruptores físicos; tudo é agora digital.
Se estiver no campo e deseja encher-se do ar puro da natureza, basta levantar o pára-brisas para criar uma espécie de varanda.
Tendo o respeito pelo ambiente como pano de fundo, são evitados materiais interiores como o couro, os cromados e os plásticos.
Em sua substituição destacam-se os revestimentos têxteis e de cortiça no piso e no volante.
Claro que a concepção estética do interior está em perfeita sintonia com o estilo exterior do Mini Vision Urbanaut.
E, embora algo disfarçados, há detalhes que os ligam aos Mini actuais, a começar pela grelha frontal, que passa a ser octogonal em vez de hexagonal, albergando todos os sensores para a condução autónoma.
Os faróis e os farolins ocultos, em tudo semelhantes aos dos Mini, só ficam visíveis quando são ligados.
Outros pormenores originais são as mutações de cor das luzes para comunicar com o mundo exterior, que também podem ser diferenciados pelos próprios passageiros através das jantes transparentes e iluminadas.
Um comando, do tamanho de um pequeno seixo polido, permite-lhes escolher os seus estados de espírito, designado por "momento Mini".
Chill (relaxar), Wanderlust (vontade de viajar) e Vibe (vibrante) são os modos à escolha, igualmente permitindo configurar a luz ambiente, o cheiro, a música e o espaço interiores.
Um quarto modo – My Mini – permite personalizar todas aquelas experiências segundo o gosto de cada um dos passageiros e do condutor.
Sendo um monovolume ecologicamente responsável, significa que a condução do Mini Vision Urbanaut é feita de maneira autónoma e 100% eléctrica.
O volante e o painel digital de instrumentos desaparecem de vista, embora a própria marca não tenha revelado como estão estruturados nem como essa "desaparição" é feita.
Mas não temam aqueles que têm o prazer de conduzir por eles próprios, porque um leve toque no logótipo Mini faz reaparecer o volante e os pedais.
No tabliê "nasce" um ecrã minimalista de paralaxe (diferença aparente da localização de um objecto a partir de diferentes pontos de observação) com todos dados necessários para a condução.
Quanto à motorização eléctrica, nenhum dado técnico foi avançado, como é normal acontecer quando se está perante um protótipo que vai mais longe do que um simples devaneio de estilo.
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