Afinal havia mais um protótipo da Nissan no segredo dos deuses: chama-se Hyper Force Concept e poderá ser o sucessor eléctrico do lendário GT-R.
Revelado esta quarta-feira no salão automóvel de Tóquio, o hiper desportivo aponta aos fãs da competição automóvel e jogadores de videojogos.
A dar-lhe alma está um conjunto propulsor com uns "disparatados" 1.000 kW (1.360 cv), sem ser indicado o número de motores alimentados por uma bateria de estado sólido.
A suportar este poder estão um forte apoio aerodinâmico, uma tracção integral e-4ORCE mais avançada a distribuir o binário e uma carroçaria leve em carbono de alta resistência.
A conjugação de todos aqueles elementos, segundo a Nissan, oferece uma agilidade excepcional em circuito e em estradas sinuosas.
A Nissan não esclarece se este Hyper Force é a visão eléctrica do futuro R36 mas, quer a silhueta, quer os farolins são sinais reveladores do ADN do GT-R.
A reforçar essa ideia estão os faróis ligados por uma faixa luminosa, com o símbolo pixelizado do desportivo a estar deliberadamente desfocado.
Visualmente espectacular e com um estilo ultra-agressivo, a carroçaria integra à frente asas sobre os guarda-lamas e uma nada discreta grelha inferior.
Concebida em parceira com a equipa NISMO está a estrutura aerodinâmica de dois níveis sob o capô para maior aderência e poder de refrigeração.
A definir a traseira está um spoiler e um difusor enormes, a assegurarem que o protótipo fica bem colado ao alcatrão.
As asas e os guarda-lamas dianteiros, assim como as extremidades da asa traseira apresentam uma funcionalidade aerodinâmica activa única.
Um inédito actuador a plasma suprime o desprendimento de ar para maximizar a aderência e reduzir a elevação das rodas interiores nas curvas.
As jantes em carbono forjado e as portas de abertura vertical dão o remate final ao conjunto.
O habitáculo do Hyper Force parece um verdadeiro espaço para videojogos, tal é a abundância de díodos luminosos.
Projectado como um hiper desportivo focado nas pistas de corrida, o volante redondo foi abandonado em favor de uma opção rectangular.
Os bancos do condutor e do "pendura" são em fibra de carbono leve e estão equipados com cintos de segurança com arneses de quatro pontos
Apenas com dois modos de condução – R de Racing e GT de Gran Touring –, a interface gráfica muda de cor e de visualização segundo a selecção.
Nela são apresentadas instantaneamente os dados mais essenciais ao condutor, com os gráficos a resultarem da parceria da Nissan com a Polyphony Digital Inc.
No modo R o habitáculo ilumina-se a vermelho e cria um posto de condução intuitivo, com quatro ecrãs de instrumentação a envolverem do piloto.
Seleccionado o modo GT, o interior ilumina-se a azul e os ecrãs em redor do volante dão lugar a uma interface de infoentretenimento mais simples.
Nela estão incluídos funções como a climatização e o áudio, com a suspensão e os estabilizadores a poderem ser configurados no ecrã durante a condução.
A segurança do Hyper Force é reforçada por sensores sintonizados para a condução em estrada ou circuito, onde nem falta a tecnologia LiDAR.
E, a elevar as emoções estão experiências inovadoras de realidade aumentada e realidade virtual.
Com o desportivo parado, o condutor pode usar um capacete especial com viseira para VR e competir contra o relógio ou outros pilotos em tempo real.
Ao usar viseira para AR, pode competir em circuito contra si próprio, "duplos" digitais ou até mesmo pilotos profissionais em pistas do mundo real.
Embora não tenha sido confirmada a produção, o Hyper Force incorpora a visão da Nissan para um hiper desportivo 100% eléctrico de próxima geração.
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