É uma despedida em grande estilo, como só conseguiria o GR Supra da Toyota, e logo com duas edições especiais nada meigas para quem odeia potência e velocidade.
Limitado a 300 exemplares, recebe, sem surpresa, o epíteto A90 Final Edition com uma aerodinâmica mais trabalhada e uma condução muito mais brutal do que a versão de que deriva.
O caso não é para menos porque o bloco turbo de 3.0 litros e seis cilindros viu a potência elevar-se dos 340 para os 435 cv, acompanhado por um binário de 570 Nm quando originalmente tinha 500 Nm.
A passar aqueles números às rodas traseiras está uma transmissão manual de seis relações para avivar ainda mais as emoções ao volante.
Sim, porque a velocidade máxima passou de 250 para 270 km/hora, mas sem a insígnia japonesa indicar o tempo para o sprint dos zero aos 100 km/hora, que poderá ser inferior aos actuais 4,6 segundos.
Claro que a mecânica foi devidamente "mexida" para suportar tal poder, com novas molas e amortecedores ajustáveis, além de barras estabilizadoras mais resistentes à torção.
A direcção hidráulica também foi calibrada para ser mais directa, a que se soma um diferencial electrónico para evitar ao máximo as subviragens.
A envolver o desportivo em plena aceleração está o saboroso ruído emitido pelos escapes Akrapovic com ponteiras em titânio.
As jantes forjadas em liga leve de 19 polegadas à frente e de 20 atrás são "envolvidas" por pneus Pilot Sport Cup 2 da Michelin.
E, a espreitar entre os raios das rodas estão pinças de travão "presas" a discos perfurados da Brembo nos dois eixos, quase a roubar a atenção para o preto fosco que pinta a carroçaria.
Não se distraia com estes detalhes porque particularmente estão elementos aerodinâmicos em fibra de carbono, como a imponente asa traseira "roubada" ao GR Supra GT4 de competição.
Para o habitáculo foram seleccionados bancos bacquet Podium CF da Recaro, com o condutor a ter direito ao vermelho e o "pendura" ao preto.
A fibra de carbono nas suas estruturas, assim como no tabliê e na consola central, entram em contraste directo com os estofos e revestimentos em Alcantara a dominarem o habitáculo quase por completo.
Caso não consiga deitar as mãos a um dos 300 exemplares do GR Supra A90 Final Edition, a Toyota dá-lhe a possibilidade de aceder ao GR Supra Lightweight Evo para uma nova experiência de condução.
Conta com diferencial activo e estabilizador dianteiro reforçado, assim como novos suportes da suspensão, com a aerodinâmica a ser distinguida pela asa traseira "cauda de pato" em fibra de carbono.
Neste último campo somam-se ainda as novas aletas nos arcos das rodas dianteiras e as palas mais altas para os pneus à frente.
A direcção assistida eléctrica também foi optimizada para oferecer uma resposta mais directa para um melhor controlo do desportivo.
A "colagem" às curvas foi aumentada depois de revisto o ângulo de curvatura das rodas dianteiras e traseiras para uma estabilidade mais efectiva, bem como a acção do diferencial traseiro.
E, para não se apanharem sustos quando se fazem pequenos excesso ao volante, os discos de travão Brembo aumentaram de diâmetro para melhor controlarem as travagens.
A bordo pode contar-se com bancos desportivos mais envolventes estofados em pele vermelha e preta, sem abdicar do Alcantara, e com o logótipo GR bordado nos encostos de cabeça.
As costuras que decoram os revestimentos do habitáculo são vermelhas, com esta cor a destacar-se nos cintos de segurança para um contraste mais elegante.
Ainda sem preços definidos para o nosso país, os GR Supra A90 Final Edition e GR Supra Lightweight Evo chegam antes do Verão mas as reservas abrem já em Janeiro.
Já segue o Aquela Máquina no Instagram?