A espera foi longa mas compensou as expectativas: o novo Opel Mokka pode ser um dos grandes tira-teimas do mercado automóvel electrificado no pós Covid-19.
Apresentado como um verdadeiro ponta de lança da marca, o ‘crossover’ 100% eléctrico é suportado pela mesma plataforma CMP em que foi construído o Peugeot 2008.
Significa isso que o pequeno SUV viu reduzido o peso em 120 quilos comparativamente ao seu antecessor.
No entanto, ganhou mais 30% no que à rigidez torcional diz respeito, tornando a sua condução mais ágil e económica… e mais divertida!
Um visual que faz toda a diferença
O painel frontal Vizor do novo Opel Mokka marca a nova face que será adoptada pelos futuros modelos da marca.
Destaca-se o quadro distinto em redor dos faróis adaptativos LED Matrix, que a marca reivindica ser o primeiro modelo do segmento a integrá-los, e as luzes de presença LED, em forma de asa, no pára-choques.
Barras cromadas, ao longo dos vidros laterais, "separa-os" do tejadilho e conduz-nos até aos farolins, desenhados no mesmo perfil das luzes dianteiras.
A largura aumentou em 10 mm para transportar cinco ocupantes, com a bagageira a apresentar 350 litros de capacidades, menos seis litros em relação ao seu antecessor.
Dentro do habitáculo, destacam-se os bancos ergonómicos com regulações em seis vias e individualmente ajustáveis individualmente.
À escolha estão bancos desportivos forrados a Alcantara ou assentos mais clássicos em pele que, opcionalmente, poderão ser revestidos em couro perfurado, com aquecimento e função de massagem para o condutor.
Tecnologia quanto baste
Ser a variante 100% eléctrica a antecipar-se às versões equipadas com motores térmicos é o principal trunfo do Mokka, mas não se ficam por aqui as novidades que recheiam a segunda geração do ‘crossover’.
A consola Pure Panel de nova geração, totalmente digital e orientada para o condutor, é composta pelo painel de instrumentos de 12 polegadas.
A ele está ligado o ecrã de infoentretenimento de sete polegadas, que sobe para dez polegadas nas versões mais bem equipadas
O Apple CarPlay e o Android Auto com controlo de voz são de série, assim como o sistema OpelConnect, que permite a navegação em tempo real. O carregamento sem fio de telemóveis também faz parte do equipamento.
Não é nenhuma surpresa que, em termos de segurança, o Mokka esteja equipado com os sistemas mais evoluídos do momento.
Controlo avançado de cruzeiro com função pára-arranque, alerta activo da transposição involuntária de faixa, reconhecimento de sinais de trânsito e câmara traseira panorâmica de 180 graus são algumas das suas valências tecnológicas.
Autonomia ultrapassa 320 quilómetros
Como sucede com o Opel Corsa, a plataforma sobre o qual está construído o Mokka permite ser equipado com motores térmicos e eléctricos.
A alimentar o propulsor está uma bateria de 50 kWh – a mesma que equipa o Peugeot e-2008 –, para desenvolver 100 kW (136 cv) de potência e 260 Nm de binário máximos.
Com uma autonomia ligeiramente superior a 320 quilómetros no ciclo WLTP, não há grandes diferenças em relação ao seu "primo" francês em termos de desempenho.
Faz nove segundos dos 0 aos 100 km/hora, e atinge uma velocidade máxima de 150 km/hora.
Num posto de carregamento rápido de 100 kW, o tempo de espera é reduzido para 30 minutos para recarregar 80% das baterias, que têm oito anos de garantia.
Ainda sem preços definidos para o nosso país, as encomendas do Opel Mokka começam no final do Verão de 2020, com as primeiras unidades a chegarem aos concessionários no início do próximo ano.
A gama irá também integrar motores a gasolina e a gasóleo da mais recente geração, embora a marca não tenha adiantado mais pormenores.