Foram por fim revelados oficialmente os novos Audi RS 3 nas variantes sportback e berlina. Como já tinha sido antecipado pela marca, ambos os modelos revelam um estilo ainda mais agressivo.
Embora mantendo o bloco 2.5. TFSI de cinco cilindros da Audi Sport, ambas as versões ganham a tecnologia RS Torque Splitter.
Se a carroçaria do A3 de quarta geração já assentava numa base bem musculada, os novos detalhes que a série RS recebe tornam-no num verdadeiro puro-sangue.
Os tons mais escuros à frente dão ao desportivo um ar mais sério com a grelha a comportar um novo desenho, combinada com as enormes entradas de ar laterais.
Os faróis escurecidos, que são LED de série podendo optar-se pelos Matrix LED, comportam ainda luzes diurnas digitais capazes de "transformar-se" numa bandeira de xadrez.
Os guarda-lamas dianteiros são mais largos e comportam saídas de ar atrás das rodas dianteiras.
As jantes em liga leve de 19 polegadas, que foram projectadas para este RS 3, têm acabamento escurecido. As rodas podem ser "calçadas", pela primeira vez, com pneus Pirelli P Zero Trofeo R semi-lisos.
Atrás, percebe-se um pára-choques totalmente redesenhado com uns farolins bem rasgados na horizontal e um difusor bem agressivo a "guardar" os dois escapes ovais.
O sistema de travagem é constituído de série por discos de aço ventilados e perfurados, com 375 mm à frente e 310 m atrás, e pinças de seis pistões.
Em opção, para um melhor desempenho na travagem, são propostos à frente discos de travão cerâmicos com 380 mm.
A atmosfera desportiva prossegue no interior, saltando de imediato à vista o volante RS Sport em Alcantara com uma faixa vermelha opcional na posição das 12 horas.
Um selector RS Mode e as patilhas em zinco fundido para engrenar as mudanças completam o conjunto.
Os bancos desportivos RS, com pele nappa em opção e o logótipo em posição de destaque, estão concebidos para oferecer um apoio lombar suplementar.
Os pespontos do revestimento são em antracite mas, com o pacote opcional Design, pode ser mais personalizado com detalhes a, preto, vermelho ou a verde.
Os gráficos do painel de instrumentos Audi Virtual Plus, de 12,3 polegadas são específicos do RS.
Nele são exibidos as forças G, as rotações, a potência e o binário, complementados pelos tempos por volta e de aceleração dos zero aos 100 e 200 km/hora, assim como dos zero aos 400 e 1000 metros.
No ecrã táctil central de 10,1 polegadas com o monitor RS mostra outras informações importantes. Entre esses dados contam-se as temperaturas do líquido refrigerante, do motor e do óleo da transmissão, assim como a pressão dos pneus.
E o que guarda o capô do novo Audi RS 3? Um bloco turbo-alimentado TFSI de 2.5 litros e cinco cilindros com 400 cv de potência, disponíveis entre as 5.600 e as 7.000 rotações por minuto.
O binário máximo passou de 480 para 500 Nm, dados logo a partir das 2.250 até às 5.600 rpm.
Ao motor está acoplada uma transmissão automática S tronic de dupla embraiagem, que viu revistas as sete relações, para passar potência e binário às quatro rodas.
Em termos de aceleração pura, a Audi afirma que o RS 3 cumpre em 3,8 segundos os zero aos 100 km/hora.
A velocidade máxima está electronicamente limitada a 250 km/hora mas, com o pacote opcional RS Dynamic, pode ser actualizada para 280 ou mesmo para 290 km/hora.
A grande novidade da nova geração do Audi RS 3 está mesmo no RS Torque Splitter, que substitui o diferencial do eixo traseiro dos antecessores.
A nova configuração permite uma vectorização de binário activo e totalmente variável em cada uma das rodas traseiras. A agilidade foi melhorada com a redução dos riscos de sub-viragem, tornando o RS 3 mais rápido nas curvas.
O novo modo RS Torque Rear está reservado para a condução em pista por razões de segurança, com binário e potência a serem dirigidos a cada uma das rodas traseiras.
Aos modos de condução convencionais do Audi Drive Select – Comfort, Auto, Dynamic RS Individual e Efficiency – soma-se o RS Performance.
O novo modo foi concebido para dar a melhor configuração possível para a condução em circuito, reduzindo ao máximo as sub e sobre-viragens.
A suspensão RS não activa de série, com braços duplos à frente e multilink atrás, dispõe de novos amortecedores, com rolamentos mais rígidos e um sistema de válvula para respostas mais rápidas.
A distância ao solo do RS 3 é reduzida em 10 mm em relação ao S3 e 25 mm comparativamente ao A3 tradicional.
A curvatura negativa é ligeiramente maior para melhorar a condução, combinada com a direcção progressiva de relação variável.
Claro que é sempre possível optar-se pela suspensão RS Plus, com controlo adaptável de amortecimento. O sistema ajusta em contínuo as características de cada amortecedor segundo as condições e o modo de condução seleccionado.
Há também um novo controlador dinâmico modular para sincronizar a distribuição do binário e os amortecedores adaptativos para manobras mais precisas e apuradas.
O Audi RS 3 deverá chegar aos concessionários europeus a partir de meados de Agosto, com as primeiras entregas a acontecerem no Outono.
Na Alemanha, a versão base arranca em redor dos 60 mil euros, sendo previsível para o nosso país um valor a partir dos 77 mil euros.
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