Estão finalmente desvendadas as evoluções introduzidas no BMW iX. Se esperava uma evolução estética radical, desiluda-se porque as actualizações neste ponta de lança eléctrico residem mais na parte técnica.
O grande SUV eléctrico (são 4,96 metros de comprimento!) adopta novos motores com melhor desempenho enquanto a autonomia combinada chega finalmente aos 700 quilómetros entre recargas.
Ainda sem preços definidos para o nosso país, deverá chegar às estradas do planeta nesta Primavera, devendo ser os mercados alemão, britânico e norte-americano os primeiros a acolhê-lo.
Quatro anos passados sobre o lançamento, o BMW iX ganha as necessárias actualizações para ultrapassar os principais rivais em termos de potência mas, principalmente, na autonomia.
A beneficiá-lo estão baterias mais densas, com a quinta geração da electrónica eDrive associada à propulsão a reduzir o consumo eléctrico em redor dos 10%.
Os três novos grupos motopropulsores que substituem os anteriores, sempre com dois motores para a tracção integral, reflectem um ganho assinalável no desempenho.
A gama arranca com a versão xDrive45 de 300 kW (408 cv) e 700 Nm, com a bateria de 94,8 kWh a oferecer até 602 quilómetros entre recarregamerntos.
Na faixa intermédia está o xDrive60 com os seus 400 kW (544 cv) e 765 Nm, apoiados num acumulador de 109,1 kWh para distâncias até 701 quilómetros antes do necessário "abastecimento" de energia.
O topo de gama é assumido pelo M70 xDrive com uma bateria de 108,9 kWh para uma autonomia em redor dos 600 quilómetros mas com os 485 kW (659 cv) e 1.100 Nm.
As recargas DC dos acumuladores fazem-se a 175 kW para a entrada de gama, com as duas variantes mais poderosas a recarregarem a 195 kW, sendo de 22 kW em corrente alternada.
Os mais de 2.600 quilos que pesa não o impedem de cumprir a "corrida" dos zero aos 100 km/hora em 3,8 segundos como um assumido super desportivo, para uma velocidade máxima tabelada nos 250 km/hora.
Em termos comparativos, as anteriores versões não ofereciam "mais" do que 326 a 619 cv para autonomias de 424 a 630 quilómetros.
Mesmo assim, não se desiluda com os desempenhos dos "irmãos" menos potentes: as acelerações até aos 100 km/hora cumprem-se em 5,1 segundos para a entrada de gama, e 4,6 para a variante intermédia.
Face a tais evoluções técnicas, a BMW esclarece as configurações do chassis foram devidamente revistas para acolher os aumentos de potência e de binário em qualquer uma das variantes.
Quanto à estética, as diferenças são mínimas em relação ao modelo original lançado em 2021, mas bem sublinhadas ao primeiro olhar.
O imponente pára-choques frontal foi redesenhado enquanto as duas barras oblíquas em cada farol, a darem uma nova assinatura luminosa, ligam o SUV aos protótipos que darão vida à linha Neue Klasse.
A grelha fechada apresenta barras na diagonal, com a versão mais potente a ser reconhecida pelas lâminas horizontais destacadas pelo logótipo da divisão M, e pela moldura iluminada.
A traseira ganhou também um novo arranjo para o pára-choques e respectivo difusor, com o conjunto a ser realçado pelas novas jantes aerodinâmicas em liga leve com 20 a 23 polegadas de diâmetro.
A apresentação a bordo, com evoluções muito subtis, assenta no painel encurvado a unir o painel de instrumentos e o ecrã multimédia.
Mantêm-se alguns comandos físicos na consola central enquanto o volante multifunções assume o redondo tradicional em vez do anterior formato achatado.
Os bancos dianteiros são igualmente novos, oferecendo melhor apoio lateral de acordo com a insígnia germânica, com os sistemas de segurança e apoio à condução a serem reforçados com novas valências.
De série o BMW iX passa a contar com faróis adaptativos, bancos dianteiros e volante aquecidos, sistema de áudio Harman Kardon e controlo de descida, entre outras soluções tecnológicas.
O M70 xDrive beneficia ainda de direcção nas quatro rodas, suspensão pneumática com amortecedores activos, e travões M Sport, sendo estes equipamentos opcionais para a restante gama.
Ainda sem se saberem os preços de cada uma das variantes do BMW iX que chegará na Primavera, não será nenhuma surpresa que sejam mais elevados do que os actuais 87 mil euros que dão entrada à gama.
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