Há um novo SUV eléctrico a chegar aos concessionários nacionais: chama-se Tang e assume-se como o topo de gama da chinesa BYD, em paralelo com a berlina Han.
E não é nada pequena esta proposta para sete ocupantes, como confirmam os 4,97 metros de comprimento por 1,96 de largura e 1,75 de largura, assente em enormes jantes em liga leve de 21 polegadas.
Em termos puramente estéticos, mantém um visual de consenso face à segunda geração do modelo original, com os desenvolvimentos por fora a incidirem principalmente na aerodinâmica.
A dianteira e a traseira foram redesenhadas, enquanto a grelha original desaparece, substituída por uma barra cromada a separar do capô o pára-choques e as ópticas Full LED.
Pensado para as famílias mas sem perder o perfil de SUV executivo, estica-se até aos 2,82 metros na distância entre eixos para oferecer a máxima habitabilidade e conforto com os revestimentos e estofos em pele Nappa.
Essa aposta é confirmada nos 235 litros de capacidade da bagageira com as três filas de bancos, elevando-se aos 940 litros desde o chão até tejadilho na configuração de cinco lugares.
Ao contrário dos SUVs familiares convencionais, o "gigante" chinês oferece verdadeiros bancos adicionais na terceira fila, amplos e confortáveis, embora o seu acesso não seja nada facilitado.
Tecto de abrir panorâmico, com cortina eléctrica para travar a intensidade da luz solar, fazem parte do equipamento de série, assim como o sistema integrado de purificação do ar PM 2.5.
Os acabamentos são de excelência, como se quer num topo de gama, mas é o posto de condução a assumir o principal foco tecnológico.
Se o painel de instrumentação oferece 12,6 polegadas, é o ecrã do sistema de infoentretenimento que surpreende com uma diagonal de 15,6 polegadas, podendo ser girado na horizontal ou vertical.
O Intelligent Digital Cockpit desenvolvido pela insígnia equipa um assistente vocal que permite controlar a climatização ou gerir os modos de condução, entre muitas outras valências.
Inclui ainda ligação 4G de série, e aplicações integradas como o Spotify e a navegação Here, além de permitir a integração sem fios de telemóveis através do Android Auto ou Apple CarPlay.
Já o Cloud Services permite aos utilizadores gerirem remotamente o SUV através de dispositivos móveis com aquela aplicação da marca.
A condução semi-autónoma de nível 2 compreende 18 sensores, distribuídos por oito radares ultra-sónicos e cinco de ondas milimétricas, quatro câmaras de visão circundante e uma câmara de alta percepção no pára-brisas.
Todos eles operam em combinação com algoritmos de big data desenvolvidos pelo centro de conectividade inteligente da BYD para optimizar as funções de cada um dos sistemas individuais de apoio ao condutor.
A reestilização do Tang foi aproveitada pela BYD para equipá-lo com uma bateria Blade de fosfato de ferro e lítio (LFP) bem maior: contra os anteriores 86,4 kWh passa a ter uma capacidade de 108,8 kWh brutos.
É ela que alimenta os dois motores eléctricos com uma potência combinada de 380 kW (517 cv) às quatro rodas, oferecendo uma autonomia até 530 quilómetros entre carregamentos até uns máximos 170 kW DC.
A aceleração instantânea e contínua do binário combinado de 700 Nm permite cumprir os zero aos 100 km/hora em 4,9 segundos, um tempo nada desprezível se se pensar que o SUV pesa "apenas" 2.630 quilos.
À escolha estão quatro modos de condução – Eco, Normal, Sport e Snow –, com a dinâmica de cada um a ser potenciada pelo controlo "inteligente" de amortecimento DiSus-C.
Claro que, tendo em conta o peso, é o conforto a bordo a ser privilegiado, o que significa uma maior paixão pelas longas rectas contra as curvas apertadas, quando se liberta do trânsito da cidade.
Já não é propriamente uma novidade mas o Tang pode transformar-se num posto móvel de energia com a função Vehicle-to-Load (V2L) para alimentar dispositivos eléctricos.
Falta apenas saber o preço de entrada na gama, que se assume como competitivo para um SUV apontado ao segmento premium.
O BYD Tang arranca nos 75.100 euros antes de ser complementado com soluções opcionais mas para a área empresarial é proposto a partir de 61.057 euros, a que se soma o IVA.
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