Será o modelo de entrada na gama EQ: o novo Mercedes EQA foi esta quarta-feira dado a conhecer ao mundo, sendo o "eléctrico" mais pequeno e compacto da marca germânica.
Com chegada prevista já na Primavera aos concessionários europeus, o EQA 250 é o primeiro dos seis modelos EQ que irão ser lançados até 2022, incluindo o EQB de sete lugares.
Tendo o Mercedes GLA como base, a versão agora apresentada usa um motor eléctrico, alimentado por uma bateria de 66,5 kWh de iões de lítio.
Com 190 cv de potência e 375 Nm de binário a darem tracção às rodas dianteiras, tem uma autonomia de 426 quilómetros segundo o ciclo WLTP.
As acelerações estão ao nível de um modelo com estas características, demorando 8,9 segundos a atingir os 100 km/hora para uma velocidade máxima de 160 km/hora electronicamente limitada.
Em termos estilístico, o compacto revela, sem surpresas, uma linha estilística muito próxima do Mercedes GLA em que se baseia, mas com toques exclusivos que o diferenciam do "irmão" térmico.
O modelo apresenta-se com 4.463 mm de comprimento por 1.849 mm de largura e 1.620 mm de altura. A distância entre eixos, de 2.729 mm, permite acomodar confortavelmente cinco pessoas.
Os bancos traseiros, a poderem ser rebatidos nas proporções 40:20:40, permitem que a capacidade da bagageira vá dos 340 aos 1.320 litros.
A grelha frontal, substituída por um painel a negro, está em perfeita combinação com os faróis full LED, ligados por uma faixa em fibra óptica.
Atrás, os farolins estão ligados por uma larga faixa luminosa sobre a porta da bagageira, diferenciando-se da estética do Mercedes GLA.
O desenho distinto das jantes, que podem ir das 18 às 20 polegadas e são bi ou tricromáticas, dão ao compacto um perfil distinto, que é anunciado com 0,28 de coeficiente aerodinâmico.
Olhando para o interior, são poucas as diferenças estilísticas do Mercedes EQA 250 para o GLA, com o desenho geral a manter-se.
Diferenciam-se apenas os detalhes decorativos em rosa dourado nas entradas de ar, no tabliê e na consola central, para além da iluminação do habitáculo.
O painel de instrumentos digital foi redesenhado para comportar as funções específicas de um carro eléctrico, com detalhes a azul e rosa dourado.
A Mercedes afirma que o compacto oferece uma posição de condução elevada, como é tradicional num SUV, mantendo a versatilidade de configuração do GLA.
É na tecnologia que o Mercedes EQA 250 mostra todas as suas potencialidades, a começar pelo sistema de gestão térmico, gerido por uma bomba de calor que recupera e reutiliza a energia residual do motor eléctrico.
Já as funções pré-condicionadas de climatização são controladas pelo sistema MBUX de infoentretenimento ou pela aplicação multi-funções para telemóvel Mercedes Me.
O MBUX inclui a função "navegação com inteligência eléctrica", que calcula o percurso mais rápido de uma viagem e simula a autonomia do automóvel para programar as paragens necessárias para carregar a bateria.
Além de ter em conta a topografia da rota, assim como o clima, o tráfego e o estilo de condução, permite pré-aquecer ou arrefecer a bateria enquanto se conduz, para que ela tenha a temperatura ideal para um carregamento rápido.
Recorde-se que a rede de carregamento Mercedes Me, disponível para todos os modelos da gama EQ, compreende 450 mil pontos espalhados por 31 países.
Em termos de dispositivos de segurança, o Mercedes EQA 250 dispõe de assistência activa de manutenção de faixa e de travagem.
O pacote auxiliar à condução oferece outras funções e recursos activos de alerta, incluindo um aviso que detecta peões próximos de passadeiras.
A versão que dá o tiro de partida à gama inclui "máximos" adaptativos, porta da bagageira eléctrica, jantes em liga leve de 18 polegadas, iluminação de 64 tonalidades do habitáculo, câmara de marcha-atrás, e bancos premium com suporte ajustável das costas.
Equipamentos e personalizações opcionais do compacto são propostos com os pacotes AMG Line, Electric Art e Night Package.
Como já foi referido, a gama EQA irá contar com outras versões, com potências até 272 cv, e uma variante AMG com dois motores eléctricos e tracção às quatro rodas.
A chegada aos concessionários nacionais não foi ainda revelada nem o preço da versão-base, embora deva arrancar na casa dos 50 mil euros.
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